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Jungmann corrige versão sobre munição usada no caso Marielle

O ministro havia dito que a munição do lote UZZ-18, comprado pela PF, em 2006, teria sido roubada de uma agência dos Correios na Paraíba

Jungmann: na nova versão, o ministério explica que o material não foi furtado (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Jungmann: na nova versão, o ministério explica que o material não foi furtado (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de março de 2018 às 17h48.

Última atualização em 19 de março de 2018 às 18h00.

Brasília - O ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, corrigiu informação fornecida à imprensa na sexta-feira, 16, sobre a munição encontrada na local do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Gomes. Jungmann havia dito que a munição do lote UZZ-18, comprado pela PF, em 2006, da Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), teria sido roubada de uma agência dos Correios na Paraíba.

Em nota divulgada nesta segunda-feira, 19, a assessoria de comunicação do Ministério corrigiu a informação e disse que cápsulas do mesmo lote foram encontradas na agência do município de Serra Branca (PB) após um arrombamento seguido de explosão ocorrido em 24 de julho de 2017. Nessa nova versão, o ministério explica que o material não foi furtado, mas sim utilizado pelo grupo criminoso que realizou o roubo à agência.

Além do caso na Paraíba, o ministro também havia citado na sexta-feira, 16, um caso no Rio de Janeiro onde um escrivão teria sido preso e exonerado após ter furtado munições do lote UZZ-18. "A munição foi roubada nos Correios da Paraíba e desviada por um escrivão da Superintendência da Polícia Federal no Rio, exonerado e preso", disse o ministro, citando os dois casos.

Além dessas situações, o jornal O Estado de S. Paulo também revelou que munição do mesmo lote comprado pela PF teria sido encontrada pela polícia de São Paulo na cena da maior chacina do Estado, ocorrida nas cidades de Osasco e Barueri, em agosto de 2015, quando 17 pessoas foram mortas. Segundo Jungmann, todos os casos citados são alvo de investigação da PF.

Sem ligação direta

Ainda na nota divulgada pela sua assessoria de comunicação, Jungmann disse que não associou diretamente o episódio da Paraíba com as cápsulas encontradas no Rio de Janeiro, na cena do assassinato da vereadora e de seu motorista. Segundo a nota, o ministro apenas explicou que a "presença dessas cápsulas da PF no local pode ter origem em munição extraviada ou desviada" e informou "que há outros registros de munição da PF encontradas em outras cenas de crimes sob investigação".

"A Polícia Federal prossegue no rastreamento de possíveis outros extravios", diz a nota.

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