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Julgamento das contas de Dilma pode continuar até outubro

Nardes explicou que, pelo regimento interno do TCU, o governo não pode mais pedir prazo adicional para entregar explicações no processo


	Augusto Nardes durante EXAME Fórum: Nardes disse que, assim que o governo entregar a defesa sobre os pontos que faltam ser explicados até 11 de setembro, ele pedirá urgência para a equipe técnica que vai elaborar um parecer
 (EXAME.com)

Augusto Nardes durante EXAME Fórum: Nardes disse que, assim que o governo entregar a defesa sobre os pontos que faltam ser explicados até 11 de setembro, ele pedirá urgência para a equipe técnica que vai elaborar um parecer (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2015 às 13h48.

São Paulo - O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes afirmou que o julgamento das contas do governo Dilma Rousseff de 2014 pode se arrastar até outubro.

"Há um rito que as pessoas às vezes não conseguem entender. Claro que cria uma pressão para vocês que estão noticiando, mas a pressão sobre mim é muito maior para relatar essa matéria, que é de grande importância para o País", disse a jornalistas após participar de evento promovido pela revista Exame em São Paulo.

O ministro explicou que, pelo regimento interno do TCU, o governo não pode mais pedir prazo adicional para entregar explicações no processo.

Nardes disse que, assim que o governo entregar a defesa sobre os pontos que faltam ser explicados até 11 de setembro, ele pedirá urgência para a equipe técnica que vai elaborar um parecer.

A equipe técnica tem de 10 a 15 dias e pode pedir prazo adicional. Depois disso, Nardes elabora o seu parecer e dá um prazo de pelo menos cinco dias para os demais ministros avaliarem o processo e então o julgamento ir a plenário.

O governo já conseguiu adiar o julgamento das contas no TCU por duas vezes, com pedidos de mais prazo para elaborar sua defesa das irregularidades apontadas pela Corte.

Depois do prazo inicial de 30 dias, conseguiu duas extensões de 15 dias para apresentar justificativas. Depois do julgamento do TCU, as contas do governo são avaliadas pelo Congresso Nacional.

A eventual reprovação pelos parlamentares pode ensejar um pedido de impeachment da presidente Dilma.

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