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Julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE deve ter pedido de vista

Nos bastidores, a suspensão do julgamento por um pedido de vista ou para a concessão de mais prazo para alegações finais das defesas é dada como certa

Chapa Dilma-Temer: a sessão de julgamento da ação começou com meia hora de atraso (Ueslei Marcelino/Reuters)

Chapa Dilma-Temer: a sessão de julgamento da ação começou com meia hora de atraso (Ueslei Marcelino/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 4 de abril de 2017 às 09h54.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou com meia hora de atraso a sessão de julgamento da ação em que o PSDB pede a cassação da chapa Dilma-Temer, vencedora das eleições presidenciais de 2014.

A sessão começou com a leitura do relatório, o resumo de toda a tramitação do processo, pelo relator, ministro Herman Benjamin.

Em seguida, o presidente do TSE, Gilmar Mendes, passará a palavra aos advogados da ex-presidenta Dilma Rousseff, do presidente Michel Temer e do PSDB.

Após as argumentações das defesas, o representante do Ministério Público Eleitoral (MPE) apresentará parecer pela cassação da chapa, conforme adiantado na semana passada pela imprensa. Em seguida, o relator e os outros seis ministros começam a votar.

Nos bastidores do tribunal, a suspensão do julgamento por um pedido de vista ou para a concessão de mais prazo para alegações finais das defesas é dada como certa.

Processo

Mesmo com o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o processo continuou e pode terminar com a convocação de eleições indiretas, presididas pelo Congresso, caso a chapa seja cassada.

Em dezembro de 2014, as contas da campanha da então presidenta Dilma Rousseff e de seu vice, Michel Temer, foram aprovadas com ressalvas e por unanimidade no TSE.

No entanto, o processo foi reaberto porque o PSDB questionou a aprovação, por entender que há irregularidades nas prestações de contas apresentadas por Dilma, que teria recebido recursos do esquema de corrupção investigado na Lava Jato. Segundo entendimento do TSE, a prestação contábil da presidenta e do vice-presidente é julgada em conjunto.

A campanha de Dilma Rousseff nega qualquer irregularidade e sustenta que todo o processo de contratação das empresas e de distribuição dos produtos foi documentado e monitorado.

A defesa do presidente Michel Temer sustenta que a campanha eleitoral do PMDB não tem relação com os pagamentos suspeitos. De acordo com os advogados, não se tem conhecimento de qualquer irregularidade no pagamento dos serviços.

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