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Juízes do STF concluem audiências com 77 delatores da Odebrecht

O caso agora está nas mãos da presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, que deve redistribuir a relatoria dos processos da Lava Jato na semana que vem

Odebrecht: mesmo com a morte do ministro, os auxiliares que atuam em seu gabinete permanecem trabalhando até que o sucessor de Teori assuma (foto/Bloomberg)

Odebrecht: mesmo com a morte do ministro, os auxiliares que atuam em seu gabinete permanecem trabalhando até que o sucessor de Teori assuma (foto/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de janeiro de 2017 às 17h45.

São Paulo - Com a audiência de Marcelo Odebrecht realizada na manhã desta sexta-feira, 27, na Justiça Federal em Curitiba, os juízes auxiliares que atuam no gabinete do ministro Teori Zavascki, morto no dia 19 em um acidente aéreo em Paraty (RJ), concluíram a tomada dos depoimentos para confirmar o teor dos acordos dos 77 executivos e ex-funcionários da empreiteira e que devem dobrar o tamanho das investigações da Lava Jato.

O caso agora está nas mãos da presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, que deve redistribuir a relatoria dos processos da Lava Jato na semana que vem.

Após a morte de Teori, ela conversou com outros colegas da Corte e até com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e decidiu no começo da semana retomar o cronograma dos depoimentos da Odebrecht que havia sido estabelecido por Teori.

O antigo relator do caso no STF e seus juízes auxiliares dedicaram-se ao assunto nas férias e, com o acidente, o cronograma inicial foi interrompido.

Mesmo com a morte do ministro, os auxiliares que atuam em seu gabinete permanecem trabalhando até que o sucessor de Teori assuma e decida sobre a equipe do gabinete.

O acordo de colaboração fechado com a Procuradoria-Geral da República prevê que apenas Marcelo Odebrecht continue na prisão até o fim deste ano. Ao todo, a pena prevista para Marcelo será de dez anos, sendo os dois primeiros na cadeia.

Ele está preso preventivamente por determinação do juiz Sérgio Moro desde junho de 2015, suspeito de pagar propina em troca de contratos na Petrobras.

Depois desse período, no fim de 2017, passará a ter direito a progressões gradativas: dois anos e meio em regime fechado domiciliar, dois anos e meio no semiaberto e a última parte no regime aberto.

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