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Juiz suspende aplicação de último decreto migratório de Trump

A decisão do juiz Derrick Watson tem alcance nacional e deveria ser objeto de uma pronta apelação por parte do governo

Trump: o governo pretende proibir permanentemente a entrada em território americano de cidadãos de 7 países (Kevin Lamarque/Reuters)

Trump: o governo pretende proibir permanentemente a entrada em território americano de cidadãos de 7 países (Kevin Lamarque/Reuters)

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EFE

Publicado em 17 de outubro de 2017 às 17h55.

Última atualização em 17 de outubro de 2017 às 19h35.

Washington - Um juiz federal do estado do Havaí bloqueou nesta terça-feira temporariamente o terceiro veto migratório imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cuja entrada em vigor estava prevista para amanhã, por considerá-lo discriminatório.

O novo veto, proclamado em 24 de setembro, impede de maneira indefinida a entrada da maioria dos cidadãos de Irã, Líbia, Síria, Iêmen, Somália, Chade e Coreia do Norte nos EUA, assim como alguns funcionários públicos da Venezuela e seus familiares.

O magistrado Derrick Watson emitiu a sentença em resposta a um processo que foi apresentado pelo estado do Havaí, por uma mesquita da capital do estado, Honolulu, por um imã e por dois moradores do arquipélago que têm familiares nos países envolvidos.

Segundo o juiz, o veto decretado por Trump "claramente discrimina com base na nacionalidade".

A polêmica medida do presidente "sofre exatamente dos mesmos problemas" que as apresentadas anteriormente, ou seja, "carece de base suficiente para sustentar que a entrada de mais de 150 milhões de cidadãos dos seis países especificados seria prejudicial para os interesses dos EUA", explicou Watson.

Com a decisão, o novo veto de Trump não poderá ser implementado em relação aos seis países de maioria muçulmana, embora as restrições quanto a Venezuela e Coreia do Norte tenham sido mantidas. Ainda assim, é provável que o governo apresente um recurso contra a ordem do juiz.

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