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Juiz manda soltar 25 dos investigados por fraudes na UFPR

O magistrado entendeu que essas pessoas já prestaram os esclarecimentos necessários e não arquitetaram o esquema, por isso não precisam ficar mais detidas

UFPR: a PF pediu a prorrogação das prisões das duas servidoras da UFPR que montaram o esquema e fraudaram a concessão das bolsas (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

UFPR: a PF pediu a prorrogação das prisões das duas servidoras da UFPR que montaram o esquema e fraudaram a concessão das bolsas (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de fevereiro de 2017 às 21h38.

Última atualização em 17 de fevereiro de 2017 às 22h05.

O juiz Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal no Paraná, determinou na tarde desta sexta-feira, 17, a soltura de 25 dos 28 investigados presos temporariamente na Operação Research, deflagrada na quarta-feira, 15, para apurar o desvio de verbas de bolsas de pesquisa da UFPR para pessoas sem relação com a universidade.

O magistrado entendeu que essas 25 pessoas, que forneceram suas contas bancárias para receber o dinheiro das bolsas que seria usado por terceiros, já prestaram os esclarecimentos necessários e não arquitetaram o esquema criminoso, por isso não precisam ficar mais detidas.

"Essas circunstâncias, aliadas a que o plano delituoso não foi arquitetado e conduzido diretamente por elas, não havendo, por enquanto, indicativo de que façam da prática criminosa um hábito em suas vidas, entendo por bem revogar as suas prisões temporárias, antecipando as suas solturas para o dia de hoje", assinala o magistrado, lembrando que as prisões temporárias, que têm prazo de cinco dias, venceriam no domingo.

O juiz ressaltou ainda que "obviamente, todos seguirão como investigados nos autos e terão, individualmente, as suas participações apuradas de forma exaustiva", lembrando que eles não poderão recusar as convocações da Justiça e devem manter seus endereços e telefones atualizados perante as autoridades.

Além disso, a PF pediu a prorrogação das prisões das duas servidoras da UFPR que montaram o esquema e fraudaram a concessão das bolsas, causando um prejuízo de cerca de R$ 7,3 milhões entre 2013 e 2016.

A PF também pediu a manutenção da prisão de um dos investigados, que só foi detido nessa quinta-feira, 16. O magistrado ainda não se decidiu sobre esses pedidos.

Dos 29 investigados alvos de mandados de prisão, um já havia sido solto na quarta-feira devido a sua idade avançada, de 72 anos. Com isso, restaram presos apenas três detidos na operação.

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