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Juiz decreta prisão preventiva de rapaz que matou jovem na escola

Misael Pereira Olair é acusado de ter pulado o muro do Colégio Estadual 13 de Maio e assassinado Raphaella Novisk, de 16 anos, com 11 tiros no rosto

Raphaella Novisk: o corpo da jovem foi enterrado nesta manhã (Facebook/Reprodução)

Raphaella Novisk: o corpo da jovem foi enterrado nesta manhã (Facebook/Reprodução)

AB

Agência Brasil

Publicado em 7 de novembro de 2017 às 18h56.

O juiz da Comarca de Alexânia, em Goiás, Leonardo Lopes dos Santos, decretou a prisão preventiva de Misael Pereira Olair, 19 anos, acusado de ter feito os disparos que mataram a adolescente Raphaella Novisk, de 16 anos, nesta segunda-feira (6).

Durante a audiência de custódia realizada na tarde de hoje, o juiz determinou que permaneça preso em caráter preventivo Davi José de Souza, que dirigia o carro em que Olair estava prestes a entrar quando foi detido, do lado de fora do Colégio Estadual 13 de Maio, onde Raphaella estudava.

Olair é acusado de ter pulado o muro da escola e assassinado a adolescente na frente dos alunos do 9º ano do ensino fundamental.

Segundo a Polícia Civil de Goiás, o rapaz foi detido quando tentava fugir no veículo dirigido por Souza. Este, em depoimento, disse que não sabia que Olair planejava matar a adolescente.

De acordo com a delegacia responsável pelo caso, Olair decidiu atirar na jovem porque ela não aceitou seus pedidos de namoro. Ao prestar o primeiro depoimento após ser preso, Olair, que não tinha passagem pela polícia, confirmou ter baleado Raphaella.

No vídeo do depoimento, não se nota sinal de arrependimento do atirador. O corpo da jovem foi enterrado nesta manhã, no Cemitério Campo da Saudade, em Alexânia.

A cerimônia atraiu centenas de pessoas e foi marcada por um forte clima de comoção. Parentes e amigos da garota soltaram balões brancos e pediram paz.

Em sua decisão, o juiz Leonardo Lopes dos Santos descarta qualquer irregularidade na prisão em flagrante de Olair, encontrado ainda vestindo uma máscara e portando uma arma de fogo.

"Tenho que, no caso dos autos, a gravidade em concreto do crime justifica a prisão cautelar, não sendo possível a concessão da liberdade provisória com aplicação das medidas cautelares diversas da prisão [...], pois não seriam suficientes, ao menos segundo os elementos existentes até agora nos autos, para resguardar a ordem pública", diz Leonardo dos Santos.

O assassinato da adolescente dentro da sala de aula ocorre menos de um mês depois de um garoto de 14 anos, estudante de um colégio particular de Goiânia, atirar contra colegas. Dois adolescentes morreram e cinco foram feridos pelos disparos.

O jovem que atirou disse que sofria bullying, que é a prática frequente de agressões intencionais, verbais ou físicas, por uma ou mais pessoas contra um ou mais indivíduos.

*O texto foi ampliado às 17h07.

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