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Juiz Bretas é parcial e deve ser afastado, diz defesa de Cabral

Os advogados, que requerem a absolvição de Cabral por falta de provas, apontam que o juiz deu entrevistas fazendo um "pré-julgamento" de seu cliente

Sérgio Cabral: é acusado de crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e pertencimento a organização criminosa (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Sérgio Cabral: é acusado de crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e pertencimento a organização criminosa (Antonio Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de agosto de 2017 às 15h01.

Rio - A defesa do ex-governador Sergio Cabral (PMDB), em suas alegações finais, pediu nesta terça-feira, 22, o afastamento do juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas, do processo decorrente da Operação Calicute, por considerá-lo parcial. Os advogados, que requerem a absolvição de Cabral por falta de provas, apontam que o juiz deu entrevistas fazendo um "pré-julgamento" de seu cliente, o que o colocou "em xeque", segundo informações do RJTV, da TV Globo.

As alegações finais servem para que o réu faça suas últimas considerações acerca das acusações. A defesa de Cabral as usou para pedir sua absolvição ou condenação a no máximo, regime aberto ou semiaberto. Os advogados, em sua sustentação, atacaram o grupo de procuradores da Força Tarefa da Lava Jato no Rio, que ofereceu as denúncias contra o ex-governador, tachando-o de "fanfarra".

Acusado de crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e pertencimento a organização criminosa, Cabral é réu em 12 processos.

Em junho, foi condenado a 14 anos e dois meses pelo juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, por corrupção e lavagem de dinheiro oriundo das obras de terraplanagem do Complexo Petroquímico do Estado do Rio (Comperj).

Cabral sustenta que não foi corrupto, apenas usou indevidamente sobras de campanha. Segundo os procuradores, ele montou um grande esquema de corrupção já a partir do início de seu mandato, em 2007, e mesmo após a saída do governo, em 2014, a favor de seu vice e afilhado político, o atual governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB). Há indícios de que seu esquema movimentou quase R$ 1 bilhão, se somados contratos nas áreas dos transportes, da saúde e obras, entre outras.

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