Brasil

Judiciário gasta muito e não cumpre metas para 2010

Estudo feito pelo CNJ mostrou que desde 2006 menos da metade dos processos foram julgados; meta era resolver todos os casos

Plenário do STF: objetivo era minuir gastos, mas judiciário teve aumento de 17% (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

Plenário do STF: objetivo era minuir gastos, mas judiciário teve aumento de 17% (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de março de 2011 às 18h06.

Brasília – As principais metas traçadas pelo Poder Judiciário para 2010 não foram cumpridas. É o que revela estudo divulgado hoje (31) pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A mais importante delas previa o julgamento de todos os processos que deram entrada na Justiça até 2006. Só que menos da metade desses processos (44,5%) foi julgado. O CNJ também esperava que o Poder Judiciário cortasse gastos. Mas o resultado foi decepcionante: as despesas cresceram 17%.

Os tribunais estaduais de Justiça foram os que apresentaram o pior desempenho. Julgaram apenas 38,92% do estoque de processos acumulados até 2006. O melhor foi o da Justiça Militar: 94,65% dos processos distribuídos até 2007 foram julgados.

Outra meta previa o julgamento de todos os processos que chegaram ao Judiciário no ano passado. Nesse caso, o percentual de cumprimento foi de 94,2%. A Justiça Eleitoral, os tribunais superiores e a Justiça do Trabalho julgaram mais processos do que receberam.

A meta relativa ao cumprimento das execuções fiscais e não fiscais cobrava a redução de 10% do acervo em 2009, percentual que passava para 20% no caso das execuções fiscais. Para que a meta fosse cumprida, o Judiciário precisaria dar baixa em 23,5 milhões de processos em fase de execução no país. O resultado ficou distnate da meta: apenas 37,95% dos processos foram executados.

Apesar de não cumprir as metas de trabalho, o Judiciário foi muito eficiente para gastar. Uma das metas previa a redução de 2% nos gastos com luz, água, combustível, telefone e papel. Mas o que se viu foi justamente o oposto: aumento de 17% desse tipo de despesa.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaBurocraciaDados de BrasilJustiça

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas