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Jucá: PMDB pode ter candidato para defender legado de Temer

"O presidente Michel Temer fez mágica. Fez muito mais do que Mister M e David Copperfield juntos", acrescentou o senador

Romero Jucá: desde as eleições gerais de 1994, o PMDB não lança um candidato a presidente da República (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil)

Romero Jucá: desde as eleições gerais de 1994, o PMDB não lança um candidato a presidente da República (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 14 de novembro de 2017 às 16h11.

Brasília - Em um recado claro aos tucanos, o presidente do PMDB e líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), afirmou nesta terça-feira que o partido terá candidato próprio à Presidência da República para defender o legado do presidente Michel Temer, se o PSDB ou demais partidos da base aliada lançarem presidenciáveis que não sigam nessa linha de atuação eleitoral.

"Todos os partidos da base vão defender? Isso o PSDB é que vai ter que decidir. Se não tiver ninguém para fazer essa defesa, o PMDB não vai ficar órfão da defesa desse legado. O PMDB vai lançar um candidato a presidente da República para fazer a defesa desse legado", disse Jucá, que também é presidente do PMDB, a jornalistas.

"O presidente Michel Temer fez mágica. Fez muito mais do que Mister M e David Copperfield juntos", acrescentou o senador.

Desde as eleições gerais de 1994, o PMDB --maior partido do país-- não lança um candidato a presidente da República. Na ocasião, concorreu com o ex-governador paulista Orestes Quércia.

Para Jucá, o legado econômico do governo será a "espinha dorsal" do debate eleitoral no próximo ano. Ele disse que o PSDB vive um dilema se vai sair ou não do governo, se vai ou não defender as conquistas econômicas.

O presidente do PMDB disse que o apoio do partido ao candidato tucano à Presidência está ligado ao novo perfil de presidente do PSDB. A disputa está entre o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), crítico declarado do governo Temer e defensor de um rompimento imediato dos tucanos, e o governador de Goiás, Marconi Perillo, ligado ao presidente licenciado Aécio Neves, que é próximo ao governo.

"Essa guerra interna do PSDB, quem vencer, vai ser definido um perfil. E o novo perfil do comando do PSDB é que irá definir as alianças do ano que vem", afirmou Jucá. "As alianças e os apoios em 2108 vão depender da postura do PSDB. Antes de 2108 tem 2017. É preciso primeiro ganhar 2017. E os fatos falam mais do que as palavras", completou.

Há duas semanas, reportagem da Reuters mostrou que, apesar da consolidação de Geraldo Alckmin como o principal nome do PSDB ao Planalto, dirigentes tucanos estão receosos de não contarem com o apoio dos peemedebistas em 2018, em caso da eleição de Tasso Jereissati. "A candidatura do Tasso é claramente anti-PMDB", criticou na ocasião uma liderança tucana.

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