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Jucá: governo exige publicação de gravações e delações já

O líder do governo no Senado reforça a estratégia e o discurso do presidente Michel Temer de que o País não pode parar

Jucá: "mais uma vez o Brasil vive um momento em que é preciso ter muita responsabilidade e tranquilidade", disse o senador (Marcos Oliveira/Agência Senado)

Jucá: "mais uma vez o Brasil vive um momento em que é preciso ter muita responsabilidade e tranquilidade", disse o senador (Marcos Oliveira/Agência Senado)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de maio de 2017 às 08h35.

Brasília - O líder do governo no Senado, assim como os ministros do chamado "núcleo duro" do Planalto, gravou um vídeo para defender o presidente Michel Temer, dizer que o governo exige que as delações de Joesley Batista sejam tornadas públicas e reforçar a estratégia e o discurso do presidente Michel Temer de que o País não pode parar.

"Mais uma vez o Brasil vive um momento em que é preciso ter muita responsabilidade e tranquilidade. Essas acusações que surgiram na imprensa precisam ser investigadas a fundo, por isso exigimos que imediatamente seja tornada publica, não só a delação, mas também as gravações que dizem existir acerca do presidente Michel Temer", diz Jucá na gravação.

A fala tenta rebater as acusações de que Temer teria dado aval para compra do silêncio do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), conforme acusou o executivo da JBS, Joesley Batista, em sua delação premiada.

Os vídeos foram gravados por volta das 1h30 desta quinta-feira no Palácio do Jaburu, residência oficial de Temer. Segundo Jucá, o governo tem "a responsabilidade de mudar o Brasil".

"E temos que agir com muito cuidado para que o Brasil não pare, para que a gente não volte atrás em tudo que estamos avançando", afirma.

Jucá, que deixou o Ministério do Planejamento de Temer com apenas 12 dias no cargo após ser flagrado em conversas com o ex-executivo da Transpetro, Sergio Machado, sugerindo que era preciso estancar a sangria da Lava Jato, disse ainda que "é bom lembrar que quando se faz uma delação as palavras são ditas na ótica do delator". "(na ótica) daquele que quer agradar para se dar bem", afirmou.

Sem citar o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero que disse ter gravado conversas com o presidente e acusou o ex-ministro Geddel Vieira Lima de tê-lo pressionado por interesses pessoais, Jucá lembra que não houve provas contra o presidente no episódio.

"E é bom lembrar também que, alguns meses atrás, até um ministro disse que tinha gravado o presidente e surgiram as mais diversas acusações e nada disso era verdade", afirmou.

"Portanto, nós queremos esclarecimentos, mas vamos continuar trabalhando porque queremos o Brasil andando para frente e melhorar a vida do povo brasileiro", finalizou Jucá.

Vídeos

Os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha; da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy; e da Secretaria-geral da presidência, Moreira Franco; também gravaram depoimentos em vídeo nesta madrugada.

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