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Jovens não têm noções sobre saúde reprodutiva, diz pesquisa

Estudo mostra que maioria dos jovens não sabe, por exemplo, o período em que a mulher tem mais chances de engravidar e a real eficácia da camisinha


	Jovens: 30% acreditam que o coito interrompido é um método contraceptivo eficaz
 (AFP/Joe Raedle)

Jovens: 30% acreditam que o coito interrompido é um método contraceptivo eficaz (AFP/Joe Raedle)

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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2014 às 16h17.

Brasília - Quase 70% dos jovens brasileiros não sabem o período em que a mulher tem mais chances de engravidar, 42% não sabem que a camisinha é o único método que previne, simultaneamente, gravidez e doenças sexualmente transmissíveis, e quase 30% acreditam que o coito interrompido é um método contraceptivo eficaz.

Os dados fazem parte da pesquisa Saúde Sexual e Reprodutiva dos Jovens Brasileiros divulgada pelo Instituto Caixa Seguros.

Foram ouvidos 1.208 jovens com idade entre 18 e 29 anos em 15 estados e no Distrito Federal.

O estudo contou com o acompanhamento da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.

Para a coordenadora do Instituto Caixa Seguros, Alice Scartezini, a falta de conhecimento entre os jovens brasileiros em relação à saúde reprodutiva provoca sérios impactos na saúde pública.

Ela acredita que os dados explicam, em parte, as estimativas mais recentes do Ministério da Saúde, que indicam a realização de 728 mil a 1 milhão de abortos por ano no Brasil.

Ainda de acordo com o estudo, os resultados também têm reflexo no número de internações hospitalares – cerca de 240 mil todos os anos, somente no Sistema Único de Saúde (SUS), para o tratamento de complicações decorrentes de abortos, gerando gastos da ordem de R$ 45 milhões por ano.

“O jovem está muito vulnerável, com um comportamento inadequado para fazer prevenção. No caso da saúde reprodutiva, a gente percebe que o conhecimento está mais comprometido ainda”, disse Alice.

“A pauta das DST [doenças sexualmente transmissíveis] e da aids entrou na vida dos jovens. Eles sabem sobre o assunto. Mas, quando se fala em gravidez, eles respondem com menos segurança”, completou.

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