Gravidez: a farsa durou um ano (Izdebska/Thinkstock)
Estadão Conteúdo
Publicado em 1 de agosto de 2017 às 18h12.
Última atualização em 1 de agosto de 2017 às 18h31.
Ribeirão Preto (SP) - Uma mulher é investigada em Ribeirão Preto (SP) por inventar uma gravidez, falsificar um exame para enganar a Justiça e receber recursos do suposto pai.
A farsa durou um ano e foi descoberta no aniversário do bebê que não existia.
A família de Victor Guerino, o suposto pai e que está há meses em uma cadeira de rodas por causa de um câncer, descobriu a mentira e a acusada, Pâmela Ribeiro Serveli, de 24 anos, foi detida e levada à delegacia no dia da festa, no mês passado.
Ela teria tentado ainda sequestrar o bebê de uma amiga para apresentar como sendo a sua filha que, segundo dizia, se chamava Laura.
Antes da confusão, o rapaz se viu obrigado pela Justiça a custear as despesas para o nascimento da criança. Para convencer ele e o juiz, a jovem com quem namorou teria se utilizado de artifícios como uma barriga falsa e a alteração em um teste de gravidez.
O caso agora é apurado pela Polícia Civil e Ministério Público, que investiga se a mulher induziu a Justiça ao erro e se teve a ajuda de alguém. Os documentos passaram por perícia e são aguardados os laudos.
Guerino falou que nunca chegou a ver a tal criança e que a ex-namorada não aceitava a separação. "Só vi pela internet", explicou. Isso porque a ex chegou a publicar fotos daquela que seria sua filha recém-nascida.
O advogado Carlos José Andreotti, que defende a jovem, alega que ela vinha enfrentando problemas psiquiátricos e está em tratamento.
Segundo ele, a separação do namorado pode ter contribuído para a situação. "Talvez ela fantasiou tudo devido ao relacionamento". Para ele, a família da suspeita não teve envolvimento no caso.