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José Guimarães fala em reconstruir diálogo com Eduardo Cunha

A escolha de José Guimarães para liderança do governo na Câmara ocorre em meio à derrota acachapante do Palácio do Planalto na disputa pelo comando da Casa


	José Guimarães: ele ocupará o lugar de Henrique Fontana (PT-RS)
 (Luis Macedo / Câmara dos Deputados)

José Guimarães: ele ocupará o lugar de Henrique Fontana (PT-RS) (Luis Macedo / Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2015 às 16h03.

Brasília - Escolhido na tarde desta terça-feira, 3, para ocupar a liderança do governo na Câmara, o deputado José Guimarães (PT-CE) ressaltou que um dos primeiros passos será o de reconstruir um diálogo com o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Guimarães ocupará o lugar de Henrique Fontana (PT-RS).

A escolha de Guimarães, vice-presidente nacional do PT, ocorre em meio à derrota acachapante do Palácio do Planalto na disputa pelo comando da Câmara.

"O desafio agora é recompor a base. Estender a mão para o diálogo. Vamos fazer conversas bilaterais com todos os líderes além de reconstruir um dialogo com o presidente da Câmara", afirmou Guimarães ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

O convite do Palácio do Planalto foi feito por telefone no dia de hoje pelo ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Pepe Vargas.

A definição do governo ocorre um dia depois de os deputados da corrente majoritária, Construindo um Novo Brasil (CNB), se reunirem na Câmara e pedirem a saída de Pepe Vargas em razão da derrota ocorrida na disputa pela presidência da Câmara.

O PT também ficou sem nenhum cargo na Mesa Diretora.

José Guimarães é um dos representantes da CNB, composta também pelo ex-presidente Lula.

O grupo até aqui tem sido deixado de lado pela presidente Dilma neste segundo mandato, principalmente na ocupação dos principais cargos do Executivo.

Saída

O deputado Henrique Fontana (PT-RS) disse nesta tarde que preferiu antecipar sua saída da liderança do governo na Câmara dos Deputados em virtude da derrota do candidato Arlindo Chinaglia (PT-SP) na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados.

O petista contou que se reuniu na segunda-feira, 2, com Pepe Vargas e pediu para que sua saída do cargo fosse acelerada.

Fontana argumentou que o calor da disputa pelo comando da Casa o impossibilitou de continuar na função.

O ex-líder se envolveu diretamente com a campanha de Chinaglia e o concorrente direto, o peemedebista Eduardo Cunha (RJ), criticou a interferência do governo e de seu líder na campanha.

Antes de ser eleito, Cunha avisou que o PMDB não negociaria mais com o líder Fontana.

O ex-líder mencionou a falta de "afinidade" com Eduardo Cunha como um dos motivos para deixar a liderança do governo.

"Um líder do governo tem de conversar com o presidente da Casa uma, duas, três vezes por dia. Então nós temos numa função dessa de ter alguma afinidade. Entendi que era melhor que eu não continuasse", explicou o deputado, que quer agora se dedicar à discussão da reforma política.

Ele evitou comentar as críticas que sofreu dentro do próprio partido sobre sua atuação.

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