"A Prefeitura não está bem, o prefeito não cumpre o que fala, falta planejamento na cidade", criticou Aníbal (Prefeitura de SP/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2012 às 19h11.
São Paulo - O secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal (PSDB), teceu nesta segunda-feira duras críticas à gestão do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD). "A Prefeitura não está bem, o prefeito não cumpre o que fala, falta planejamento na cidade", criticou o secretário, que pleiteava disputar a sucessão de Kassab na capital, este ano, pelo PSDB, mas perdeu as prévias partidárias para o ex-governador José Serra.
Mesmo estando em outra legenda, Kassab é um dos mais fortes aliados de Serra em São Paulo, foi vice-prefeito na gestão de Serra no executivo municipal e seu sucessor quando o tucano se lançou ao governo de São Paulo, nas eleições de 2006.
Questionado sobre as críticas a um dos maiores aliados de seu partido nessas eleições municipais - o prefeito Kassab chegou a cogitar apoiar o PT do pré-candidato Fernando Haddad neste pleito, mas mudou de ideia e vai apoiar o PSDB em razão da entrada na disputa de José Serra, a quem o prefeito diz que o apoio é 'incondicional' - José Aníbal diz que não poderia ser diferente, pois Kassab está fazendo uma gestão ruim. "É muita falta de planejamento, as subprefeituras não têm autonomia, e a administração (de Kassab) parece um disco riscado, sempre no mesmo lugar", ironizou. O tucano criticou também o elevado volume de recursos remanejado pelo executivo municipal para a varrição na cidade (da ordem de R$ 200 milhões), destacando que "é muita varrição para pouca limpeza".
Na avaliação de José Aníbal, o PSDB deveria disputar as eleições na capital com uma chapa puro sangue (formada por cabeça e vice da mesma sigla) e não se compor com o PSD do prefeito Gilberto Kassab. "Não creio que devemos ter coligação proporcional com o PSD, que pensa em eleger os vereadores de seu partido. O Covas (falecido governador Mário Covas) já falava que o ideal era a chapa puro sangue e está na hora de recuperarmos isso no partido. Podemos sim, depois fazer uma composição com outras legendas, como o PSD, para governar, mas não devemos nos coligar", argumentou o secretário de Energia.