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José Agripino diz que impeachment não é golpe

"Esse é um governo que se habitou à gastança", afirmou, antes de dizer que, "além das pedaladas, que tiveram motivação, acabaram com a Petrobras"


	José Agripino: o senador foi o primeiro a mencionar a situação fiscal das empresas estatais como a Petrobras e a Eletrobras
 (Pedro França/Agência Senado)

José Agripino: o senador foi o primeiro a mencionar a situação fiscal das empresas estatais como a Petrobras e a Eletrobras (Pedro França/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2016 às 18h18.

Brasília - O senador José Agripino (DEM-RN) foi mais um a criticar as contas do governo da presidente Dilma Rousseff e ressaltou que é a favor da abertura do processo de impeachment pelo Senado Federal.

"Esse é um governo que se habitou à gastança", afirmou, antes de dizer que, "além das pedaladas, que tiveram motivação, acabaram com a Petrobras. Agripino citou a Constituição e disse que impeachment não é golpe.

O senador foi o 19º a se pronunciar na tribuna do plenário do Senado. O senador foi o primeiro a mencionar a situação fiscal das empresas estatais como a Petrobras e a Eletrobras.

"Passada a eleição, apareceu a famigerada bandeira-vermelha, pior do que o racionamento. Não houve racionamento porque tivemos recessão", destacou.

No fim de sua fala, Agripino repetiu que irá votar "com toda a consciência por razões de ordem legal e política".

"Se tivéssemos um regime parlamentarista, o voto de desconfiança já teria sido dado há muito tempo. Esse governo não governa mais", frisou.

Ele classificou ainda que o governo do vice-presidente Michel Temer será de emergência e com melhores condições do que o atual. "Mas conta com o apoio de partidos políticos que têm compromisso com a sociedade", disse.

O senador José Maranhão (PMDB-PB) também se posicionou a favor da continuidade do processo de impeachment.

"Analisei cuidadosamente os argumentos constantes da denúncia e o parecer do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) e todos reconhecem como uma peça de grande força jurídica e também responsabilidade moral. Essa análise que há indícios suficientes que caracterizam para prosseguir com o processo de impeachment", justificou.

Em sua fala na tribuna da casa, o senador pediu desculpa aos eleitores da Paraíba que, por sua influência, votaram na presidente Dilma.

"Quando o eleitor vota em algum candidato para algum cargo, ele não está dando procuração em branco para o candidato se desviar dos seus compromissos e fazer do mandato tudo aquilo que ele entende", disse.

Como outros senadores, Maranhão criticou a política econômica adotada durante o governo Dilma. O senador avaliou que, se a inflação não for detida, "vamos viver dias piores do que os que vivemos com o Sarney".

Já a senadora Ângela Portela (PT-RR) defendeu que o processo de impeachment de Dilma seja arquivado. Em seu discurso, ela usou os argumentos repetidamente feitos pelo governo para defender a petista.

Sobre as chamadas "pedaladas fiscais", Ângela disse que foram "meros atrasos" em pagamentos, que não podem ser classificados como empréstimos.

"Estamos diante da situação absurda de cassar uma presidente sem que tenham sido votadas as contas de 2015" disse.

Segundo ela, as acusações contra Dilma não se sustentam. "Ao aprovar o pedido da Câmara, estaremos afastando uma mulher honrada", disse.

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