Luiz Carlos Bordoni: o jornalista disse ainda que já fez campanha para Demóstenes Torres e que não sabia do envolvimento do senador com Cachoeira (Wilson Dias/ABr)
Da Redação
Publicado em 27 de junho de 2012 às 21h40.
Brasília - Ao final do seu depoimento à CPI, o jornalista Luiz Carlos Bordoni afirmou que não vai fugir, caso seja convocado pela comissão para participar de uma acareação com os envolvidos nos pagamentos via caixa dois da campanha à reeleição do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Ele disse que aceita estar junto de Perillo, do ex-assessor especial do governador Lúcio Fiúza Gouthier ou do ex-tesoureiro da campanha Jayme Rincón, que ocupa um cargo na gestão goiana. Os três, segundo Bordoni, pagaram ou participaram do pagamento de recursos não contabilizados na prestação de contas.
"A CPI tem todos os meios para poder apurar tudo isso (caixa dois de campanha), mas, se for necessário fazer uma acareação, eu não fujo dela não. Eu não tenho porque fugir", disse ele, acrescentando que também toparia ficar à frente do contraventor Carlinhos Cachoeira. Segundo a CPI e a Polícia Federal, empresas controladas por ele quitaram R$ 90 mil dos R$ 170 mil que ele recebeu na campanha de 2010.
Questionado pela Agência Estado sobre o fato de o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG) sobre o fato de ele ter preferido a versão de Bordoni à de Perillo, o jornalista disse que prefere não opinar. Ele ressaltou que veio à CPI "com o compromisso de falar a verdade", tanto é que veio "sem habeas corpus". "Eu poderia ter pego (um salvo conduto), para não responder, ficar calado", afirmou.