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Jornais estrangeiros repercutem massacre de presos em Manaus

O The New York Times destacou na homepage de seu site a notícia, enfatizando que as facções rivais travam disputa pelo controle do tráfico de cocaína

Manaus: o jornal americano também lembrou que a prisão tinha três vezes mais detentos do que sua capacidade (Michael Dantas/Reuters)

Manaus: o jornal americano também lembrou que a prisão tinha três vezes mais detentos do que sua capacidade (Michael Dantas/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de janeiro de 2017 às 19h02.

Última atualização em 2 de janeiro de 2017 às 19h40.

São Paulo - O massacre que deixou 56 mortos em penitenciária de Manaus, no Amazonas, nesta segunda-feira, 2, repercutiu em todo o mundo.

O americano The New York Times destacou na homepage de seu site a notícia, enfatizando que as facções rivais travam disputa pelo controle do tráfico de cocaína na Amazônia brasileira. "Rebeliões em prisões brasileiras são comuns", diz a reportagem.

"Mas o episódio de Manaus, que incluiu corpos decapitados atirados contra os muros da penitenciária, está entre os mais sangrentos das últimas décadas."

O jornal americano também lembrou que a prisão tinha três vezes mais detentos do que sua capacidade.

O britânico BBC também divulgou a notícia em sua página principal, destacando que a rebelião ocorreu em uma prisão superlotada e que a "violência terminou 17 horas depois" do início do conflito.

O site do italiano La Repubblica frisou o tamanho da carnificina, ressaltando já no título que seis dos detentos foram decapitados. "Muitos agentes se tornaram reféns", disse.

A notícia foi manchete principal do português Público ao longo da tarde desta segunda. "Os confrontos assumiram proporções de violência extrema", frisou a publicação.

O site espanhol El País enfatizou que "a região norte do Brasil é fundamental para o tráfico internacional de drogas" e que o presídio é dominado pela facção Família do Norte (FDN).

"Motins são comuns em prisões brasileiras, onde a superlotação é regularmente denunciada por organizações de defesa dos Direitos Humanos", afirmou o jornal francês Le Monde.

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