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Compra de aeronaves ficam para o próximo ano, diz Jobim

Ministro da Defesa diz que não faria sentido governo atual decidir a compra de caças e negou que participe da campanha eleitoral

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2010 às 13h01.

Brasília - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou hoje (14) que a aquisição de aeronaves e a decisão sobre medidas para reequipamento das Forças Armadas "vão ficar para quem assumir a Presidência da República" no próximo ano. Segundo ele, até o fim do ano, só serão anunciadas decisões sobre medidas "que já tenham sido negociadas e aprovadas".

Ele argumentou que "não seria lógico decidir sobre coisas que só poderiam ser cumpridas pelo próximo presidente da República". E, negou que "todo o governo" esteja envolvido com o processo eleitoral. "É falso pensar assim porque eu, por exemplo, não estou fazendo nenhuma campanha."

Durante a abertura da 2ª Oficina de Trabalho Diagnóstico da Base Industrial da Defesa, o ministro lembrou que está tramitando no Congresso Nacional projeto de lei que muda o tratamento tributário e licitatório para produtos de defesa, uma vez que "são compras especiais e que por isso devem estimular o mercado interno e a produção nacional".

Segundo ele, os uniformes do Exército são adquiridos na China porque lá é possível conseguir preços mais baixos, o que a legislação atual exige. Jobim defende mudanças na lei para que a produção brasileira possa ter o mesmo custo e ser aproveitada.

O ministro afirmou ainda que a indenização e a concessão de auxílio-educação a dependentes dos 18 soldados brasileiros que morreram durante a missão de paz no Haiti só deve ocorrer depois que o Congresso Nacional aprovar projeto de lei que cria crédito especial para essa finalidade. "Antes disso não há como fazer. A administração pública está sob a égide da lei e não pode agir pelo voluntarismo dos ministros ou do Presidente da República", afirmou.

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