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João Santana e Mônica ficam calados ao depor em Curitiba

Foi a primeira vez que o publicitário e sua esposa depuseram desde que o juiz Sérgio Moro converteu as prisões temporárias em preventivas


	João Santana: o publicitário se manifestou apenas para negar que tenha sido o responsável pela exclusão de sua conta no Dropbox
 (REUTERS/Rodolfo Buhrer)

João Santana: o publicitário se manifestou apenas para negar que tenha sido o responsável pela exclusão de sua conta no Dropbox (REUTERS/Rodolfo Buhrer)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2016 às 15h44.

Porto Alegre - O publicitário João Santana e a mulher dele, Mônica Moura, ficaram em silêncio ao depor hoje (10) na sede da Polícia Federal, em Curitiba. O casal é investigado na Operação Lava Jato por suspeita de receber dinheiro do esquema de corrupção na Petrobras.

O depoimento começou às 10h e durou cerca de uma hora e meia. Foi a primeira vez que Santana e Mônica depuseram desde que o juiz Sergio Moro converteu as prisões temporárias em preventivas, sem prazo para liberação.

Durante o interrogatório, o publicitário se manifestou apenas para negar que tenha sido o responsável pela exclusão de sua conta no Dropbox, um serviço de armazenamento de arquivos na nuvem.

A eliminação da conta fora interpretada por Moro como indício de tentativa de obstrução da investigação e motivou a prisão preventiva do casal.

Em fevereiro, ao serem presos, Santana e Mônica admitiram possuir uma conta não declarada fora do Brasil. Segundo o casal, no saldo estavam depositados pagamentos referentes a campanhas políticas feitas no exterior.

Dentre esses pagamentos, figuravam US$ 3 milhões de offshores ligadas à empresa Odebrecht e US$ 4,5 milhões de Zwi Skornicki, apontado pelas investigações como um dos principais operadores do esquema de corrupção na Petrobras.

João Santana foi marqueteiro da campanha de reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, e das duas campanhas da presidenta Dilma Rousseff.

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