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João Pessoa será 1ª parada de museu itinerante de futebol

Cidade receberá a "We Speak Football", exposição itinerante com itens do Museu Nacional de Futebol da Inglaterra e do 3-2-1 Qatar Olympic and Sport Museum


	Evento de divulgação: A "We Speak Football" estará no Canadá em 2015, na França em 2016, na Alemanha em 2017, na Rússia em 2018, na Coreia do Sul em 2019 e na Inglaterra em 2020
 (Divulgação/www.wespeakfootball.org)

Evento de divulgação: A "We Speak Football" estará no Canadá em 2015, na França em 2016, na Alemanha em 2017, na Rússia em 2018, na Coreia do Sul em 2019 e na Inglaterra em 2020 (Divulgação/www.wespeakfootball.org)

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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2014 às 16h40.

João Pessoa - A cidade de João Pessoa não está entre as 12 sedes de jogos da Copa do Mundo, mas nem por isso deixará de sentir pulsar o futebol nos próximos meses, já que receberá a partir de julho a "We Speak Football", exposição itinerante apresentada nesta terça-feira.

Após vencer concorrência com outras três capitais do país - não reveladas oficialmente -, João Pessoa sediará de 3 de julho a 19 de outubro uma mostra com centenas de itens do Museu Nacional de Futebol da Inglaterra e do 3-2-1 Qatar Olympic and Sport Museum, que organizam a "We Speak Football" ("Nós falamos futebol", em livre tradução) de maneira conjunta.

A parceria entre as instituições é independente da Fifa e de qualquer outra entidade.

Entre as peças que serão expostas, haverá pelo menos uma de cada Copa do Mundo já realizada, como a bola da final de 1930 ou a camisa usada por Diego Maradona na partida contra a Inglaterra em 1986, quando o argentino marcou um gol driblando toda a defesa adversária e outro com a mão.

"Pela primeira vez essas peças estarão em outros países, e muita delas não estão sendo exibidas na Inglaterra porque aqui em Manchester o museu é nacional. Por isso a exposição é única em vários aspectos. Muitas dessas peças serão vistas antes pelos brasileiros", destacou o diretor do Museu Nacional de Futebol da Inglaterra, Kevin Moore.

Para o diretor do 3-2-1 Qatar Olympic and Sport Museum, Christian Wacker, João Pessoa não ser de jogos da Copa não é um problema. Segundo ele, outros fatores tiveram peso maior no momento de decidir que cidade iniciaria o percurso da exposição, entre os quais a qualidade da Estação Cabo Branco - Ciência, Cultura e Artes, que receberá a "We Speak Football".

"Fizemos uma pesquisa com nossa equipe, que foi a vários lugares com perguntas que fizemos para os interessados. Este local (Estação Cabo Branco) é bem novo e tem todas as coisas que uma exposição deste porte precisa", elogiou Wacker.

"Também foi importante o caráter de descentralização, que voltará toda a atenção da cidade para a exposição. Enquanto uma Copa acontece, todo mundo quer ver os jogos e não quer saber de outra coisa. Minha expectativa é que o público seja maior depois da Copa", acrescentou o diretor, que lembrou que a inauguração da mostra acontecerá em dia sem jogos, entre oitavas e quartas de final.

Na cidade, as autoridades não enxergam a exposição como um "prêmio de consolação" pela ausência na lista de sedes do Mundial, mas sim como uma forma de aumentar o número de turistas, principalmente internacionais, que é baixo atualmente.

O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, admitiu ainda que existe vantagem em receber o museu, já que há custo mínimo para o município, que gastará apenas com a segurança dos artigos e a manutenção do espaço.

"Não é um prêmio de consolação, é um prêmio muito importante para nossa cidade. Não tem investimento, e fica um legado. É uma oportunidade de mostrar a cidade para o Brasil e para o mundo, além de mexer com a economia local", comentou Cartaxo.

Depois de passar pela Paraíba, a "We Speak Football" estará no Canadá em 2015, na França em 2016, na Alemanha em 2017, na Rússia em 2018, na Coreia do Sul em 2019, na Inglaterra em 2020, no Japão em 2021 e terá seu trajeto encerrado no Catar durante a Copa de 2022, que acontecerá nesse país.

O custo da exposição, de acordo com a organização, é de 1,5 milhão de euros (R$ 4,9 milhões), dividido por igual entre os dois museus.

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