Brasil

João Paulo entrega-se no Complexo Penitenciário da Papuda

O deputado João Paulo Cunha (PT-SP) divulgou uma carta na qual diz que o julgamento do mensalão foi um "show midiático"


	João Paulo Cunha: deputado reafirma na carta que é inocente e ressalta que seguiria a lei e se entregaria para "cumprir a injusta absurda pena" a que foi sentenciado
 (Lucio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados)

João Paulo Cunha: deputado reafirma na carta que é inocente e ressalta que seguiria a lei e se entregaria para "cumprir a injusta absurda pena" a que foi sentenciado (Lucio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2014 às 19h11.

Antes de se entregar, no início da noite desta terça-feira (4) no Complexo Penitenciário da Papuda, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) divulgou uma carta na qual diz que o julgamento do mensalão foi um "show midiático".

Um dos condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão, João Paulo reafirma na carta que é inocente e ressalta que seguiria a lei e se entregaria para "cumprir a injusta absurda pena" a que foi sentenciado.

No texto, ele diz ainda que foi condenado sem provas e que, encerrada a fase de embargos, sua defesa "solicitará a revisão criminal de todo o processo, de modo a garantir um novo julgamento".

João Paulo acrescenta que enfrentará um possível processo de cassação por quebra de decoro parlamentar, para o qual se diz preparado.

Para o deputado, o processo no plenário da Câmara é que será um "legítimo julgamento". No plenário, ressaltou, é que provará sua inocência.

João Paulo Cunha teve o mandado de prisão expedido hoje pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa. O deputado foi condenado a seis anos e quatro meses de prisão.

O líder do PT na Câmara, Vicentinho (SP), disse que o partido acredita na inocência do deputado. "Esta é uma condenação sem provas, sem testemunhas e, embora nós respeitemos a decisão do STF, a gente questiona. A penalidade será cumprida, não estamos questionando a penalidade, apenas manifestando a nossa opinião, nossa discordância da decisão."

João Paulo Cunha aguarda ainda que o Supremo analise recurso de sua defesa contra a condenação a três anos de prisão por lavagem de dinheiro, o que deve ocorrer neste ano.

O parlamentar era o presidente da Câmara dos Deputados à época do mensalão. Por ter sido condenado a pena inferior a oito anos, o deputado irá cumprir a pena inicialmente no regime semiaberto.

Acompanhe tudo sobre:MensalãoPolítica no BrasilPrisõesProcessos judiciais

Mais de Brasil

Justiça nega pedido da prefeitura de SP para multar 99 no caso de mototáxi

Carta aberta de servidores do IBGE acusa gestão Pochmann de viés autoritário, político e midiático

Ministra interina diz que Brasil vai analisar decisões de Trump: 'Ele pode falar o que quiser'

Bastidores: pauta ambiental, esvaziamento da COP30 e tarifaço de Trump preocupam Planalto