Brasil

João Doria vence prévias do PSDB para candidatura em 2022

No tabuleiro eleitoral, as prévias do PSDB impactam outras legendas porque dali pode sair um candidato cabeça de chapa ou um possível vice de uma coligação mais ampla

Bruno Araújo, João Doria, Eduardo Eduardo Leite e Arthur Virgílio: anúncio foi feito no início desta noite (Comunicação PSDB/Divulgação)

Bruno Araújo, João Doria, Eduardo Eduardo Leite e Arthur Virgílio: anúncio foi feito no início desta noite (Comunicação PSDB/Divulgação)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 27 de novembro de 2021 às 18h52.

Última atualização em 27 de novembro de 2021 às 19h35.

O governador de São Paulo João Doria ganhou as prévias do PSDB que define o nome do partido para concorrer às eleições de 2022. O anúncio foi feito ás 18h51 deste sábado pelo presidente do partido Bruno Araújo.

Doria teve 53,99% dos votos, conta 44,66% de Eduardo Leite. Arthur Virgílio teve 1,35%.

A votação foi dividida em quatro grupos: 1) filiados, 2) prefeitos e vices, 3) vereadores, deputados estaduais e, por fim, 4) governadores e vices, deputados federais e senadores.
Cada grupo teve pesos diferentes no computo final da eleição.

João Doria teve 15,38% entre filiados, 12,89% entre prefeitos e vices, 5,93% entre vereadores, 6,80% entre deputados estaduais, e 12,98% no grupo dos deputados federais, senadores e governadores.

Eduardo Leite teve 9,23% entre filiados, 11,91% entre prefeitos e vices, 6,47% entre vereadores, 5,51% entre deputados estaduais, e 11,54% no grupo dos deputados federais, senadores e governadores.

Arthur Virgílio teve 0,39% entre filiados, 0,20% entre prefeitos e vices, 0,10% entre vereadores, 0,18% entre deputados estaduais, e 0,48% no grupo dos deputados federais, senadores e governadores.

As prévias do partido ocorrem neste domingo, depois de terem sido interrompidas no último domingo, 21, por conta de problemas no aplicativo, desenvolvido pela Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Faurgs).

O governador de São Paulo disputou contra Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul e Arthur Virgílio, ex-prefeito de Manaus.

Em pronunciamento depois do anúncio da derrota, Eduardo Leite agradeceu o apoio da família e disse estar tranquilo: "Na vida pública a gente se lança, e eu fui lançado por um grupo de pessoas me lançou com base no trabalho que fizemos no Rio Grande do Sul, que queriam compartilhar esse trabalho o Brasil. Me sinto absulotamente tranquilo e realizado. Me sinto feliz. Acima de um projeto pessoal está o grupo a que a gente pertence".

Leite também disse que deseja toda a sorte a João Doria, porque o Brasil precisaria encerrar o período em que está "gastando energia" com a polarização política.

Por nota, a empresa chegou a afirmar que considerava plausível ter ocorrido "um ataque de hackers" no dia. A Polícia Federal investiga o caso.

De acordo com a assessoria do partido, foram registrados quase 30 mil votos de filiados neste sábado, que foram somados a cerca de 3 mil computados no último domingo. Dos 1,3 milhão de membros do partido, 44.700 filiados e mandatários se inscreveram para votar.

No tabuleiro eleitoral, as prévias do PSDB impactam outras legendas porque dali pode sair um candidato cabeça de chapa ou um possível vice de uma coligação mais ampla da terceira via, que pretende ser uma alternativa aos polos do presidente Jair Bolsonaro e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na mais recente pesquisa EXAME/IDEIA, Ciro Gomes (PDT) e Sergio Moro (Podemos) aparecem como os nomes mais fortes da terceira via em 2022, com 7% e 5% das intenções de voto, respectivamente. Tanto Doria quanto Leite figuram com 2% no primeiro turno, e perderiam em um segundo turno para Lula e Bolsonaro.

 

Acompanhe tudo sobre:Eduardo LeiteEleições 2022João Doria JúniorPSDB

Mais de Brasil

O que acontece agora após indiciamento de Bolsonaro e os outros 36 por tentativa de golpe de Estado?

Inmet prevê chuvas intensas em 12 estados e emite alerta amerelo para "perigo potencial" nesta sexta

'Tentativa de qualquer atentado contra Estado de Direito já é crime consumado', diz Gilmar Mendes

Entenda o que é indiciamento, como o feito contra Bolsonaro e aliados