Brasil

JMJ não terá mais peregrinação e nem vigília

Eventos foram cancelados por causa da mudança dos atos centrais do fim de semana do Campus Fidei, em Guaratiba, para Copacabana

As obras no Campus Fidei, em Guaratiba, onde o papa Francisco iria realizar a vigília campal no sábado (Tomaz Silva/ABr)

As obras no Campus Fidei, em Guaratiba, onde o papa Francisco iria realizar a vigília campal no sábado (Tomaz Silva/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2013 às 23h33.

Rio de Janeiro- A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) não terá mais vigília na madrugada de domingo (28) e nem peregrinação na manhã de sábado (27) por causa da mudança dos atos centrais do fim de semana do Campus Fidei (Campo da Fé), em Guaratiba, para a Praia de Copacabana. A alteração ocorreu devido às chuvas, que deixaram o local onde ocorreria os dois eventos tomado pela lama.

"Não existe dinheiro no mundo que pague a vida e a qualidade da vida das pessoas. Não podemos ser irresponsáveis e colocar milhões de jovens em uma área que apresente um risco que está acima das nossas condições", disse o padre Márcio Queiroz, que participou de uma entrevista à imprensa na noite de hoje (25).

De acordo com o padre, está em curso um planejamento para permitir que os jovens possam voltar para os locais onde estão hospedados após a programação de sábado, que deverá ser encerrada na missa das 19h30. A Missa de Envio, na manhã de domingo, também ocorrerá na Praia de Copacabana, aproveitando a estrutura montada para a abertura a abertura da JMJ.

De acordo com o porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi, a reunião que decidiu a mudança foi feita na tarde de hoje, com a presença de autoridades e membros da organização da jornada. Após concluírem que seria impossível drenar o local a tempo, o grupo levou a questão ao papa Francisco, que concordou com a avaliação da equipe técnica sobre o local não oferecer condições de receber os eventos religiosos.

Os padres Federico e Márcio enfatizaram que a chuva que atingiu a cidade neste período não é comum. O padre brasileiro acrescentou ainda que a alta das marés contribuiu para o alagamento do Campus Fidei, que fica próximo a um rio e a uma área de manguezal na Baía de Sepetiba, na zona oeste da cidade. "Todas as obras que precisariam ter sido feitas, foram feitas, porém o volume de água que caiu não era previsto para este período", disse.

Detalhes mais técnicos da mudança serão informados em uma outra coletiva de imprensa amanhã (26) pela manhã. O padre Thomaz Rosica, que também participou da reunião, declarou que, na Jornada Mundial da Juventude do Rio, os fiéis já estão enfrentando uma peregrinação no deslocamento para Copacabana. "De todas as jornadas, nunca andei tanto quanto nesta, me deslocando para Copacabana. Não será sentida a falta da peregrinação. Não faremos no sábado, mas fizemos um pouco todos os dias".

Federico Lombardi, o porta-voz do Vaticano, lembrou problemas climáticos que aconteceram em outras jornadas e manteve o otimismo: "Em Toronto, houve uma tempestade assustadora durante a vigília. Em Madri, houve outra tempestade de que nos lembramos muito bem. Aqui, temos esses problemas de deslocamento em alguns eventos, mas os jovens sempre se saem muito bem".

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasIgreja CatólicaJornada Mundial da JuventudeMetrópoles globaisRio de Janeiro

Mais de Brasil

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua

STF forma maioria para manter prisão de Robinho