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JBS inicia ano com altas de preços e cautela sobre mercado

A JBS teve prejuízo líquido de R$ 275,1 milhões de outubro a dezembro, revertendo lucro de R$ 618,8 milhões do mesmo período de 2014


	Funcionários da JBS: a JBS teve prejuízo líquido de R$ 275,1 milhões de outubro a dezembro
 (Diego Giudice/Bloomberg)

Funcionários da JBS: a JBS teve prejuízo líquido de R$ 275,1 milhões de outubro a dezembro (Diego Giudice/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2016 às 11h35.

São Paulo - O presidente global da JBS, Wesley Batista afirmou, durante teleconferência sobre os resultados da empresa no quarto trimestre de 2015, que a companhia fez repasses de custos aos preços no início deste ano.

"Há uma pressão de custo advinda de grãos. (O setor) iniciou o repasse no começo deste ano. É a necessidade da indústria", frisou.

A JBS teve prejuízo líquido de R$ 275,1 milhões de outubro a dezembro, revertendo lucro de R$ 618,8 milhões do mesmo período de 2014. Em 2015, os ganhos somaram R$ 4,64 bilhões, alta de 127,9% em relação aos R$ 2,03 bilhões de 2014.

O executivo afirmou que, para 2016, a empresa deverá ser afetada pela crise no mercado brasileiro. "No ano passado houve uma queda brutal das exportações e mercado interno estável", lembrou Batista.

"Neste ano, o mercado externo está melhor e há uma pressão do mercado interno, devido a tudo o que temos visto no País."

Em relação à marca de varejo Seara, o diretor global de operações do grupo, Gilberto Tomazoni, citou o aumento de 62% na distribuição de produtos da empresa em 2015, com 29 mil clientes novos. Ele disse esperar um novo crescimento das vendas em 2016. Alertou, no entanto, que há necessidade de novos repasses de custos para o varejo, o que poderá afetar a demanda pelas mercadorias.

Em relação à redução de margens e receitas que a empresa apresentou nos Estados Unidos em 2015, o diretor de relações com investidores do JBS, Jerry O'Callaghan, atribuiu as dificuldades à queda dos preços dos produtos, principalmente de suínos e frangos.

Batista também citou o cenário negativo de oferta de bovinos nos Estados Unidos, com a diminuição do rebanho, por conta de retenção de fêmeas.

Avanço nos EUA. Para 2016, as perspectivas são melhores para o mercado americano. "Vamos ter dias melhores na unidade de bovinos nos EUA, colher frutos no segundo semestre deste ano", disse ele, citando um aumento de oferta de 3,5 milhões de cabeças nos Estados Unidos e estimativa de aumento de 2% a 3% na produção americana da companhia.

Batista disse ainda que, em 2016, a empresa colherá resultados de aquisições como Tyson Foods, Moy Park e Big Frango, que ainda não foram percebidas no balanço do grupo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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