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Jaques Wagner rebate acusações e diz que Cunha mentiu

Wagner disse que a conversa com Moura se resumiu a projetos da área econômica que estão na pauta da Câmara


	O ministro da Defesa, Jaques Wagner: “Ele perdeu a legitimidade para sentar na presidência da Casa que o está julgando”, diz sobre Cunha
 (Felipe Barra/Ministério da Defesa/Fotos Públicas)

O ministro da Defesa, Jaques Wagner: “Ele perdeu a legitimidade para sentar na presidência da Casa que o está julgando”, diz sobre Cunha (Felipe Barra/Ministério da Defesa/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2015 às 13h43.

O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, rebateu as declarações do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de que a presidenta Dilma Rousseff mentiu ao dizer que o Palácio do Planalto não fez barganha política com o Congresso Nacional e disse quem mentiu foi o parlamentar.

O presidente da Câmara disse hoje (3) que Dilma esteve ontem (2) com o deputado André Moura (PSC-SE) para oferecer o apoio do PT a Cunha no Conselho de Ética (onde ele enfrenta um processo) em troca da aprovação do projeto que recria a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

“Sobre a afirmação do presidente da Câmara, ele é que mentiu, na medida que disse que ontem o deputado André Moura teria estado com a presidenta Dilma, levado por mim. O deputado André Moura não esteve com a presidenta Dilma, esteve comigo, sempre discuti com ele como emissário do presidente da Câmara, sempre discuti com ele pauta econômica”, disse o ministro em entrevista coletiva no Palácio do Planalto após se reunir com Cunha.

Wagner disse que a conversa com Moura se resumiu a projetos da área econômica que estão na pauta da Câmara e que nunca falou sobre a aceitação do pedido de abertura de impeachment.

“Nunca conversei com o deputado André Moura – e ele seguramente irá confirmar – sobre arquivamento ou não de pedido de impeachment, até porque sou da tese de que não podemos sustentar um governo o tempo todo ameaçado, chantageado com a entrada ou não do pedido de impeachment”, avaliou.

O ministro, que é um dos mais próximos de Dilma, elevou o tom contra as declarações de Cunha, disse que a presidência da Casa foi transformada em um “bunker da oposição” e que, por causa da investigação do Conselho de Ética, o parlamentar não tem mais legitimidade para presidir a Câmara.

“Ele perdeu a legitimidade para sentar na presidência da Casa que o está julgando.”

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