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Jaques Wagner ganhou de dono do UTC R$ 6,8 mil em vinhos

Segundo Folha de S. Paulo, empresário teria presenteado o então governador da Bahia pelo seu aniversário em março de 2014


	Jaques Wagner: ministro diz não ter registro nem recordação de ter recebido presente de empresário
 (Wilson Dias/Agência Brasil)

Jaques Wagner: ministro diz não ter registro nem recordação de ter recebido presente de empresário (Wilson Dias/Agência Brasil)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 16 de janeiro de 2016 às 09h39.

São Paulo – Um mimo de R$ 6. 797,84 em vinhos foi dado pelo dono da UTC, Ricardo Pessoa, ao então governador da Bahia e atual ministro da Casa Civil, Jaques Wagner (PT), em março de 2014.

Os comprovantes do presente de aniversário foram apresentados pelo empresário em sua deleção premiada na Operação Lava Jato, segundo apurou o jornal Folha de S. Paulo de hoje.

As três garrafas de Vega Sicília Único Gran Reserva 2003 custaram, cada uma, R$ 2.059,95 – com os impostos, o presente totalizou os quase R$ 6,8 mil.

"Abaixo o endereço para a retirada dos vinhos para dr. Jaques Wagner. Dr. Ricardo irá escrever um bilhete", dizia um e-mail da secretária de Pessoa, anexado à nota fiscal.

Em suas declarações, o empreiteiro explicou que brindes mais caros eram dados para alguns clientes mais importantes e agentes públicos para que boas relações fossem mantidas.

Ainda de acordo com o jornal, o Código de Conduta Ética dos Agentes Públicos do governo federal estabelece que é vedado receber presente acima de R$ 100.

Essa norma não se aplica necessariamente a governos regionais.

"Nunca foi pedido nada em troca, mas as doações abriram portas de acesso e colocavam a UTC em uma posição de destaque", justificou o empreiteiro em sua delação.

A assessoria de Jaques Wagner informou à Folha que ele não tem registros dos presentes recebidos nem se recorda desses vinhos.

Por conta da investigação da Polícia Federal, a UTC encolheu de tamanho.

Pela metade 

Ela tinha cerca de 30 mil empregados e um faturamento de 5 bilhões de reais e, hoje, tem a metade disso.

A empresa renegocia sua dívida de 1,2 bilhão de reais com bancos. Entre eles, Bradesco, Itaú, Santander e Banco do Brasil.

O intuito é alongar o prazo de pagamento da dívida por mais três anos. Em troca, a companhia ter´de vender parte de seu patrimônio.

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