São Paulo - Com a aproximação do início da Copa do Mundo, cada vez mais nações emitem avisos com orientações para os turistas que virão ao Brasil. Agora foi a vez do Japão, que tem uma das menores taxas de homicídio do mundo, avisar a seus moradores que o país é conhecido pelo índice de criminalidade "extremamente alto".

O aviso foi publicado no site do Ministério de Relações Exteriores japonês e pede que os turistas fiquem atentos principalmente com crimes envolvendo armas de fogo. 

"Nunca tente desafiar as ordens de um assaltante, pois pode resultar em graves conseqüências", diz o texto. Recomenda-se também manter a calma, mover-se lentamente e seguir as instruções do criminoso.

Crimes já conhecidos dos brasileiros são explicados com mais detalhes aos japoneses, como os batedores de carteira, "saidinha de banco", sequestro relâmpago e assaltos à ônibus.

O texto tem ainda um aviso especial sobre câmeras fotográficas e smarphones, que devem ser mantidos em lugares discretos. 

O governo japonês alerta também para os protestos contra a Copa.

"Grandes manifestações ocorreram nas principais cidades da Copa das Confederações durante 2013, quando ocorreram vandalismo e saque, além de mortes", diz, recomendando que os japoneses fiquem afastados das passeatas. Orientações semelhantes já foram dadas por diversos países em relação aos protestos.

A prática de avisar os turistas sobre a situação política, econômica e social do local a ser visitado é praxe no mundo todo - o Brasil também faz isso. Com a Copa do Mundo, porém, os avisos ganham mais atenção.

O Ministério de Relações Exteriores da Bélgica, por exemplo, recomenda a seus viajantes que tenham dinheiro na carteira para o caso de serem assaltados durante a visita ao país.  

As cidades sede também devem fornecer informações práticas. O Rio preparou uma cartilha com dicas de segurança aos turistas estrangeiros. Segundo o secretário de Turismo, Claudio Magnativa, haverá orientações sobre segurança, defesa do consumidor, informações turísticas, além de prevenção e combate ao turismo sexual.