Brasil

Janot rejeita reabertura de inquérito contra Anastasia

O pedido, feito pela Polícia Federal, se baseia em novos documentos que mostram o pagamento feito pelo Estado de Minas Gerais às empresas OAS e UTC


	Lava Jato: o pedido, feito pela Polícia Federal, se baseia em novos documentos que mostram o pagamento feito pelo Estado de Minas Gerais às empresas OAS e UTC
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Lava Jato: o pedido, feito pela Polícia Federal, se baseia em novos documentos que mostram o pagamento feito pelo Estado de Minas Gerais às empresas OAS e UTC (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2016 às 11h16.

São Paulo - A Procuradoria-Geral da República enviou nesta quinta-feira, 21, um parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contrário à reabertura das investigações contra o senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) no âmbito da Lava Jato.

O pedido, feito pela Polícia Federal, se baseia em novos documentos que mostram o pagamento feito pelo Estado de Minas Gerais às empresas OAS e UTC.

O tucano chegou a ser incluído em um dos inquéritos por suspeita de lavagem de dinheiro.

A investigação formal foi instaurada em março de 2015, depois que o policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como Careca, afirmou em depoimento que entregou, em 2010, R$ 1 milhão a mando do doleiro Alberto Youssef a uma pessoa que parecia ser o senador. Youssef negou a versão do policial.

Sem indícios para continuar as investigações, o processo foi arquivado em outubro pelo ministro relator da Lava Jato no Supremo, Teori Zavascki.

Caberá também ao ministro decidir pela reabertura ou não do inquérito, o que deve acontecer apenas após o fim do recesso do Judiciário, em 1º de fevereiro. A praxe no Supremo é que os ministros acatem os pareceres da PGR a respeito das investigações.

Os elementos apresentados pela Polícia Federal após o arquivamento do inquérito apontam que o imóvel usado por Oliveira Filho para fazer o suposto repasse a Anastasia era uma casa cujos donos teriam "vínculos estreitos" com o PSDB de Minas, com Anastasia e também com o senador Aécio Neves.

De acordo com a PF, Euler Pereira, proprietário da suposta residência usada para pagamento indevido, era funcionário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Além disso, as autoridades apontam que o Estado de Minas efetuou pagamentos sistemáticos à OAS e UTC. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, destacou que Pereira já morreu e a dificuldade de levantar informações sobre esses supostos repasses. 

Acompanhe tudo sobre:Empresas brasileirasLuiz Inácio Lula da SilvaOASOperação Lava JatoPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresSupremo Tribunal Federal (STF)UTC

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas