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Janot: quadrilha; o IPO da Azul…

Janot: a “quadrilha” do PMDB O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a abertura de inquérito contra os senadores José Sarney (PMDB-AP), Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR) por obstrução à Operação Lava-Jato, e chamou o grupo de “quadrilha”. O caso origina-se das delações premiadas de Sérgio Machado, que gravou conversas com os três […]

MACRI E TEMER: os governos da Argentina e do Brasil têm apostado no ajuste fiscal para retomar o crescimento / Adriano Machado/Reuters

MACRI E TEMER: os governos da Argentina e do Brasil têm apostado no ajuste fiscal para retomar o crescimento / Adriano Machado/Reuters

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Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2017 às 05h15.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h50.

Janot: a “quadrilha” do PMDB

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a abertura de inquérito contra os senadores José Sarney (PMDB-AP), Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR) por obstrução à Operação Lava-Jato, e chamou o grupo de “quadrilha”. O caso origina-se das delações premiadas de Sérgio Machado, que gravou conversas com os três envolvidos que demonstravam um plano para “estancar a sangria” promovida pela investigação. Janot faz pressão para dar celeridade aos processos nas mãos do ministro Edson Fachin, novo relator das ações no Supremo Tribunal Federal. A Lava-Jato acumula mais de 100 condenações na primeira instância com Sergio Moro e nenhuma entre políticos no Supremo.

“Muito boa”

O presidente Michel Temer, que indicou nesta terça-feira o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para o Supremo Tribunal Federal, disse que a repercussão da indicação foi “muito boa”. O presidente disse que não sabe como a opinião pública está recebendo, mas que “no Supremo, entre advogados, no Senado, a recepção foi muito boa”. A informação é da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo. Quando perguntado se poderia ser julgado pelo ministro que indicou, caso seja envolvido na Lava-Jato, Temer disse, sorrindo: “Mas você está querendo dizer que eu vou ser processado no Supremo? Não entendi sua pergunta”. Temer não responde a processo, mas foi citado na delação da Odebrecht.

Cunha de frente com Moro

O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha ficou pela primeira vez frente a frente com o juiz federal Sergio Moro. Cunha, que está preso desde outubro de 2016, entrou na sala de audiência com um calhamaço de papéis para apresentar a Moro. Entre os papéis estava uma carta de dez páginas escrita a mão pelo ex-deputado na penitenciária onde está. Na carta, ele declara ter aneurisma, o mesmo problema que matou a ex-primeira-dama Marisa Letícia, e pede a liberdade. Cunha foi ouvido sobre uma das ações que responde, na qual ele teria recebido 5 milhões de reais na Suíça referentes à propina sobre a aquisição de um poço de petróleo feita pela Petrobras na África. O Ministério Público também investiga a participação da mulher do ex-deputado, Cláudia Cruz, no esquema.

Discutir as prisões

O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes disse nesta terça-feira que o Supremo tem de discutir as prisões determinadas pelo juiz Sergio Moro. “Temos um encontro marcado com as alongadas prisões que se determinam em Curitiba. Temos que nos posicionar sobre este tema que conflita com a jurisprudência que desenvolvemos ao longo desses anos”, disse Mendes. O ministro disse isso na primeira sessão de Edson Fachin como relator da Lava-Jato e, assim como os outros ministros, votou contra a soltura de João Claudio Genu.

O IPO da Azul

A companhia aérea Azul entrou com pedido na Comissão de Valores Mobiliários na noite de segunda-feira 6 para retomar — pela quarta vez — seu projeto de oferta inicial de ações (IPO) na BM&F Bovespa. A companhia pretende fazer uma dupla listagem de seus papéis no Nível 2 da Bovespa e na Bolsa de Valores de Nova York. A empresa pediu o registro de companhia aberta, pela primeira vez, em maio de 2013 e fez outras duas tentativas em 2014. Todas as operações foram canceladas devido à instabilidade do mercado financeiro no Brasil devido ao cenário político e econômico. Em prospecto, a companhia disse que quer realizar uma oferta de 100 milhões de dólares em ações preferenciais e parte será usada para pagar dívidas avaliadas em cerca de 333 milhões de reais. A companhia encerrou 2016 com prejuízo de 126,3 milhões de reais e receita de 6,67 bilhões de reais.

Macri: força ao Mercosul

Em visita ao Brasil nesta terça-feira, o presidente argentino Mauricio Macri defendeu o fortalecimento do Mercosul. Discursando no Palácio do Planalto — onde se encontrou com o presidente Michel Temer —, o argentino pediu a aproximação do Mercosul com países latino-americanos que não fazem parte do bloco, como México, Chile, Peru e Colômbia. Aproveitando as restrições do presidente americano, Donald Trump, aos produtos do México, afirmou ter dito ao presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, que deseja “aprofundar o diálogo”. Macri também defendeu negociações com a União Europeia e assinou com Temer acordos de cooperação diplomática e proteção de fronteiras.

DeVos confirmada

A escolhida de Donald Trump para a Secretaria da Educação dos Estados Unidos, Betsy DeVos, foi confirmada pelo Senado. Mas a confirmação foi longe de ser tranquila: a Casa passou a noite discutindo a escolha, e o vice-presidente Mike Pence teve de ser chamado para desempatar a votação — como prevê a Constituição nesse caso. Dois senadores republicanos chegaram a se unir aos democratas e votar contra Betsy. A principal crítica é o fato de a nomeada ser filantropa da educação privada e forte defensora de vouchers para estudantes no lugar do investimento em escolas públicas.

Tortura na Síria

Com base em entrevistas com testemunhas, a Anistia Internacional divulgou dados que mostram que o governo sírio do presidente Bashar al-Assad executou até 13.000 prisioneiros com enforcamentos em massa e praticou sessões de tortura na prisão Sednaya, perto de Damasco, entre 2011 e 2015 — logo após o início do levante da Primavera Árabe que culminou numa guerra civil no país. O relatório diz que as vítimas eram “majoritariamente civis que se opuseram ao governo”.

ONU: Israel viola lei

Após o Parlamento de Israel aprovar uma lei que torna legais os assentamentos israelenses em território palestino, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, disse nesta terça-feira que a medida é “uma violação da lei internacional e terá consequências legais”. O texto legaliza 3.900 casas israelenses em território palestino, embora as moradias sejam consideradas irregulares pela comunidade internacional. O presidente palestino, Mahmud Abbas, disse que a lei é uma “agressão à Palestina” e pediu a imposição de sanções internacionais contra Israel.

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