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Janot pede para PF apurar vazamentos sobre pedidos de prisão

Janot quer que a Polícia Federal abra um inquérito para investigar o vazamento de que a PGR teria pedido a prisão de membros da cúpula do PMDB


	Rodrigo Janot: procurador afirmou que vazamento sobre pedidos de prisão não foi da PGR e pediu inquérito à PF
 (Fellipe Sampaio/SCO/STF/Fotos Públicas)

Rodrigo Janot: procurador afirmou que vazamento sobre pedidos de prisão não foi da PGR e pediu inquérito à PF (Fellipe Sampaio/SCO/STF/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2016 às 10h48.

Brasília - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou um ofício para que a Polícia Federal abra um inquérito para investigar o vazamento da informação de que o órgão pediu a prisão dos principais nomes da cúpula do PMDB.

Caberá ao diretor-geral da Polícia Federal, delegado Leandro Daiello, dar início ao procedimento.

Esta não é a primeira vez que o procurador-geral da República pede para que se apure quem foram os responsáveis por vazamentos de informações sigilosas da Operação Lava Jato.

A PF, por exemplo, já abriu inquérito para investigar o vazamento da delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC.

Na sexta-feira, dia 10, em um duro discurso, Janot negou que a PGR tenha sido responsável pelos vazamentos. Ele chamou de "levianas" as acusações de que as informações teriam saído do órgão como forma de pressionar o Supremo Tribunal Federal a cumprir os pedidos prisão contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Jucá (PMDB-RR), o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) e o presidente afastado da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Janot apontou que a teoria foi disseminada por "figuras de expressão nacional, que deveriam guardar imparcialidade e manter o decoro".

"O vazamento não foi da PGR. Aliás, envidarei todos os esforços que estiverem ao meu alcance para descobrir e punir quem cometeu esse crime. Como hipótese investigativa inicial, vale a pergunta: A quem esse vazamento beneficiou? Ao Ministério Público não foi", disse.

Na semana passada, o ministro do STF Gilmar Mendes havia criticado os vazamentos e insinuado que as informações teriam sido divulgadas pela PGR.

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