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Janot pede licença à OAB e se afasta da advocacia

Janot revelou que pretendia matar o ministro do STF Gilmar Mendes pouco antes do lançamento do seu novo livro, em que relata o tempo em que foi PGR

Janot: ex-PGR será ouvido no Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/Distrito Federal, onde mantém a inscrição para o exercício da profissão (Rodrigo Rocha Loures/ Lula Marques/Divulgação)

Janot: ex-PGR será ouvido no Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/Distrito Federal, onde mantém a inscrição para o exercício da profissão (Rodrigo Rocha Loures/ Lula Marques/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de outubro de 2019 às 17h33.

Alegando intenção de "evitar constrangimentos", o ex-procurador-geral Rodrigo Janot comunicou nesta quarta-feira, 9, à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Distrito Federal seu afastamento da advocacia.

Ele pediu a suspensão de sua matrícula de advogado até 5 de novembro, quando será ouvido no Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/Distrito Federal, onde mantém a inscrição para o exercício da profissão.

Sob intensa pressão de políticos e até de antigos aliados desde que admitiu publicamente ter planejado o assassinato do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2017, Janot achou melhor se afastar da advocacia - atividade que assumiu logo após se aposentar da carreira de procurador do Ministério Público Federal.

A decisão de Janot, que relatou o plano de eliminar Gilmar nas páginas do seu "Nada menos que tudo" - livro que destaca as passagens que reputa mais importantes na Procuradoria-Geral da República, durante seus dois mandatos, entre 2013 e 2017 -, ocorre em meio à saraivada de críticas, principalmente de desafetos, entre eles o senador Renan Calheiros (MDB/AL).

Na última sexta-feira, 4, Renan ingressou na OAB/DF com pedido de suspensão da carteira de advogado de Janot. O senador pediu suspensão de 180 dias, prazo para "a apuração psicológica e toxicológica" do ex-procurador.

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