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"Janot está desacreditado", diz Jucá sobre eventual nova denúncia

O senador peemedebista declarou que, como o procurador tem poucos dias de mandato, "ele pode fazer qualquer tipo de estripulia"

Jucá: "Talvez ele vá convidar o Funaro para tomar cerveja lá naquela distribuidora" (Agência Brasil/Agência Brasil)

Jucá: "Talvez ele vá convidar o Funaro para tomar cerveja lá naquela distribuidora" (Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de setembro de 2017 às 15h25.

Brasília - O líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (PMDB-RR), ironizou a possibilidade de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentar nesta quinta-feira, 14, uma segunda denúncia contra o presidente Michel Temer.

Para o peemedebista, Janot está "desacreditado" e perdeu o "senso".

O líder do governo tentou também minimizar as especulações sobre a acusação ter como base a delação do corretor Lúcio Bolonha Funaro.

"O procurador Rodrigo Janot está tão desacreditado. Agora se juntou com o Funaro, a próxima companhia inseparável dele. Talvez ele vá convidar o Funaro para tomar cerveja lá naquela distribuidora", disse ao ironizar a foto em que Janot aparece em um bar, em Brasília, acompanhado do advogado de Joesley Batista.

"Acho que o procurador perdeu o senso. Como ele só tem dois dias, ele pode fazer qualquer tipo de estripulia", complementou.

Jucá ainda acusou Janot de criar factoides e deu a entender que o procurador-geral pode ter apagado provas, em referência indireta a informação de que o ex-procurador Marcelo Miller, auxiliar de Janot, teria ajudado os irmãos Joesley na negociação por um acordo de delação premiada.

"Eu acho que a sociedade vai saber julgar o 'modus operandi' e, mais do que isso, a tentativa de criar factoides, mais do que criar factoides, de apagar provas que podem levar a uma investigação mais séria sobre isso", disse.

Desde o início da semana, o governo vem tentando tirar a credibilidade de Funaro como delator.

Em nota divulgada na quarta-feira, 13, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República afirmou que as declarações do corretor Lúcio Funaro não são dignas de crédito.

"Versões de delator já apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como homem que traiu a confiança da Justiça não merecem nenhuma credibilidade. O criminoso Lúcio Funaro faz afirmações por 'ouvir dizer' ou inventa narrativas para escapar de condenação certa e segura", diz o comunicado.

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