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Janot espera receber delação de Youssef ainda nesta semana

O procurador-geral da República disse que espera receber ainda nesta semana a delação premiada do doleiro, preso na Operação Lava Jato


	Rodrigo Janot: Janot confirmou ter sido procurado por advogados de executivos de empreiteiras
 (Wilson Dias/ABr/Agência Brasil)

Rodrigo Janot: Janot confirmou ter sido procurado por advogados de executivos de empreiteiras (Wilson Dias/ABr/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2014 às 16h36.

Brasília - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse hoje (3) que espera receber ainda esta semana a delação premiada do doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato e apontado como um dos operadores do esquema de cartel envolvendo empreiteiras em contratos de obras da Petrobras e no pagamento de propina a funcionários da empresa e a políticos.

“Ainda não chegou às minhas mãos, mas deve chegar nesta semana ainda”, disse Janot, que estuda a possibilidade de, após o recebimento, abrir ainda este ano os inquérito relacionados a pessoas com foro privilegiado, "porque junta os dois [com a delação de Paulo Roberto Costa] e a gente tem a visão de contexto, de conjunto, até para definir a estratégia do processamento perante o STF [Supremo Tribunal Federal]", completou.

Janot confirmou ter sido procurado por advogados de executivos de empreiteiras, presos na sétima fase da Lava Jato, que trataram sobre a possibilidade de eventual acordo para abrandar penas dos executivos.

Eles propuseram colaboração nas investigações, vinculada à suspensão de sanções aos executivos. As penalizações, como pagamento de multas, impedimento de participar de licitações, entre outras, recairiam sobre as empresas.

Na avaliação de Janot, um acordo para diminuir as penas só seria possível caso os diretores assumam culpa nos crimes, mas ressaltou que a decisão deveria ser tomada na primeira instância, pelos procuradores que atuam na força-tarefa da Lava Jato (Polícia Federal e Ministério Público Federal) no Paraná.

“Primeiro que o acordo eventual, ele deve ser feito junto à força-tarefa, que são os colegas que atuam em primeiro grau. Segundo - aí é minha opinião, não sei a deles -, é que acho muito difícil a possibilidade de um acordo em que as pessoas físicas dessas empresas não assumam a culpa pelos atos ilícitos que estão sendo investigados”, destacou.

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