Brasil

Janot espera "eventual" saída de diretor da Petrobras

Uma "eventual substituição", ainda que os atuais diretores não tenham culpa pelos casos de corrupção investigados na estatal, foi defendida nesta terça-feira


	Rodrigo Janot: país "se vê convulsionado por um escândalo que, como um incêndio de largas proporções, consome a Petrobras e produz chagas
 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Rodrigo Janot: país "se vê convulsionado por um escândalo que, como um incêndio de largas proporções, consome a Petrobras e produz chagas (Antonio Cruz/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2014 às 11h14.

Rio de Janeiro/Brasília - Uma "eventual substituição" da diretoria da Petrobras, ainda que os atuais diretores não tenham culpa pelos casos de corrupção investigados na estatal, foi defendida nesta terça-feira pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, durante discurso proferido em Conferência Internacional de Combate à Corrupção, em Brasília.

Ao falar sobre as denúncias de corrupção que envolvem a Petrobras e diversas empreiteras, Janot disse que o país "se vê convulsionado por um escândalo que, como um incêndio de largas proporções, consome a Petrobras e produz chagas que corroem a probidade administrativa e as riquezas da nação".

Para ele, como trata-se de uma petroleira com economia mista, com controle da União, é necessário mais rigor e transparência na sua forma de atuar.

"Esperam-se as reformulações cabíveis, inclusive, sem expiar ou imputar previamente culpa, a eventual substituição de sua diretoria, e trabalho colaborativo com o Ministério Público e demais órgãos de controle", declarou Janot. 

O procurador-geral frisou ainda que a resposta àqueles que participaram de atos ilícitos que envolvem a Petrobras será firme, na Justiça brasileira e fora do país. Ele citou ainda que nos últimos meses foram autorizadas missões de procuradores da República à Suíça e à Holanda, para investigações relacionadas aos casos conhecidos como Lava Jato e SBM Offshore, fornecedora de plataformas para a Petrobras, que teria pago propina a funcionários da estatal para vencer contratos.

Janot disse que outra equipe de procuradores da República irá aos Estados Unidos, em janeiro de 2015, para cooperar com a Securities and Exchange Commission (SEC) e o Departamento de Justiça norte-americano, para aprofundar investigações.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCrises em empresasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoOperação Lava JatoPetrobrasPetróleo

Mais de Brasil

Explosões em Brasília são investigadas como ato terrorista, diz PF

Sessão de hoje do STF será mantida mesmo após tentativa de atentado

Moraes diz que tentativa de atentado em Brasília não é um fato isolado

Moraes autoriza buscas em endereços associados a homem morto em tentativa de atentado