Brasil

Janot diz não à prisão domiciliar para Eduardo Cunha

O procurador-geral da República destacou a "periculosidade" do ex-deputado, que foi condenado a 15 anos e quatro meses de prisão

Eduardo Cunha: o ex-deputado foi condenado a a 15 anos e quatro meses de prisão (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Eduardo Cunha: o ex-deputado foi condenado a a 15 anos e quatro meses de prisão (Antonio Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de setembro de 2017 às 18h43.

São Paulo - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se manifestou contra o benefício da prisão domiciliar para o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB/RJ), condenado na Operação Lava Jato a 15 anos e quatro meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Em parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre pedido da defesa de Cunha para cumprir a pena no aconchego do lar, Janot destacou a "periculosidade" do ex-deputado.

Eduardo Cunha está preso desde outubro de 2016, por ordem do juiz federal Sérgio Moro, que o condenou. O ex-deputado está no Complexo Médico Penal de Pinhais, nos arredores de Curitiba, base da Lava Jato.

Segundo o procurador, mesmo encarcerado, o ex-presidente da Câmara ainda intimida empresários e políticos.

A defesa de Cunha alegou que outro investigado, Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor especial do presidente Michel Temer, ganhou prisão domiciliar.

Loures, conhecido como o homem da mala, foi flagrado em abril com uma mala recheada de 10 mil notas de R$ 50, somando R$ 500 mil em propinas da JBS.

O procurador-geral, no entanto, não aceita a comparação. Para ele, Loures e Cunha são personagens de casos distintos. Janot observou que o ex-assessor de Temer era intermediário de um esquema de corrupção. E Eduardo Cunha, o mandante de um esquema de corrupção.

Acompanhe tudo sobre:Eduardo CunhaJustiçaOperação Lava JatoPrisõesRodrigo Janot

Mais de Brasil

Licença de Eduardo Bolsonaro termina neste domingo; veja o que pode acontecer

Eduardo aumenta condutas ilícitas após tornozeleira em Bolsonaro, diz Moraes

AGU pede que STF investigue ação suspeita antes de tarifaço no inquérito contra Eduardo Bolsonaro

Incêndio em Barueri, na Grande São Paulo, atinge galpões comerciais