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Janot defende maior independência do MP em relação à PF

Atual procurador-geral da República participou de um debate entre os candidatos que concorrem à lista tríplice para o cargo


	O procurador-geral da República, Rodrigo Janot
 (Fellipe Sampaio/SCO/STF/Fotos Públicas)

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot (Fellipe Sampaio/SCO/STF/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2015 às 16h33.

Brasília - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu hoje (29) que o Ministério Público (MP) tenha mais independência de investigação em relação à Polícia Federal.

Janot participou de um debate entre os candidatos que concorrem à lista tríplice para o cargo. O procurador, que concorre à recondução, classificou o esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato como “enorme e descomunal”.

Segundo Janot, as mudanças internas promovidas por ele na Procuradoria-Geral da República ajudaram no trabalho de investigação da Lava Jato.

“Quando nos deparamos que este enorme e descomunal caso de corrupção, a instituição não era a mesma de dois anos atrás. As mudanças estruturais realizadas nos permitiram enfrentar a questão com profissionalismo e maturidade”, disse.

Para Janot, o Ministério Público deve ter maior independência em relação à Polícia Federal. O procurador defende um modelo no qual as atividades de investigação possam ser feitas com “profissionalismo e objetividade”.

Em maio, o Supremo Tribunal Federal decidiu que o Ministério Público tem legitimidade para investigar por conta própria, desde que os procedimentos sejam autorizados por um juiz e que as garantias individuais sejam respeitadas.

“Nós temos uma atuação preponderante na área federal, na atuação em crimes financeiros e de combate à corrupção, e nós temos que trabalhar para que possamos obter maior independência investigatória no que se refere à colaboração da Polícia Federal”, defendeu.

O mandato de Janot termina em 17 de setembro, mas ele pode ser reconduzido pela presidenta Dilma Rousseff por mais dois anos. Os outros dois candidatos à lista tríplice são os procuradores Raquel Dodge e Mauro Bonsaglia.

A eleição interna entre 1,2 mil membros do Ministério Público Federal tem de ser feita para a formação da lista.

A apresentação da lista não é obrigatória, mas é feita pela associação dos procuradores desde 2001. A entidade entende que esta é a maneira mais democrática para indicar seu representante.

A presidenta não é obrigada a nomear o candidato mais votado. Porém, o critério é observado desde o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Para tomar posse, o procurador precisa ter o nome aprovado pela Comissão de Constituição de Justiça e pelo plenário do Senado.

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