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Janot amplia denúncia contra Cunha no Supremo

O procurador-geral da República fez um aditamento à denúncia que já havia apresentado ao STF contra o presidente da Câmara, segundo o MPF


	Eduardo Cunha (PMDB-RJ): Cunha nega as acusações
 (José Cruz/Agência Brasil)

Eduardo Cunha (PMDB-RJ): Cunha nega as acusações (José Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2015 às 18h17.

Sâo Paulo - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fez um aditamento à denúncia que já havia apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e pediu uma nova abertura de inquérito contra o parlamentar, informou o Ministério Público Federal nesta quinta-feira.

A assessoria de imprensa do MPF informou que não pode revelar o conteúdo do aditamento, pois está sob sigilo por conter informações de delações premiadas que ainda não tiveram o segredo revogado.

Já o novo pedido de inquérito contra Cunha se deve, de acordo com o MPF, à existência de contas em seu nome e de familiares na Suíça, apontada por autoridades do país europeu que repassaram ao Ministério Público brasileiro uma investigação contra Cunha por corrupção e lavagem de dinheiro.

Cunha rompeu com o governo da presidente Dilma Rousseff depois que o empresário Júlio Camargo, um dos delatores da operação Lava Jato, afirmou ter pago a pedido do deputado 5 milhões de dólares em propina para facilitar um contrato de fornecimento de navios-sonda para a Petrobras.

Cunha nega as acusações e afirmou ser vítima de uma operação conjunta de Janot e do Palácio do Planalto para constranger sua atuação política.

Janot denunciou Cunha ao Supremo em agosto, acusando-o de receber pelo menos 5 milhões de dólares em propinas do esquema de corrupção na Petrobras.

Desde então, surgiram outras informações contra o parlamentar. O Ministério Público da Suíça enviou ao Brasil uma investigação por corrupção e lavagem de dinheiro contra Cunha, com base em contas bancárias que, segundo as promotorias brasileira e suíça, o presidente da Câmara e seus familiares têm no país europeu.

Em depoimento neste ano à Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras, Cunha negou ter contas no exterior.

A contradição levou o PSOL e a Rede a pedirem a cassação de Cunha ao Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar, após a procuradoria confirmar, em resposta a questionamento do PSOL, que Cunha tem contas na Suíça e que os recursos dessas contas foram bloqueados pelas autoridades suíças.

Texto atualizado às 18h17

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