Janaina Lima: advogada ficou conhecida por papel ativo nas manifestações contra a corrupção organizadas pelo MBL (Reprodução/Facebook/Janaina Lima)
Da Redação
Publicado em 4 de outubro de 2016 às 09h42.
Última atualização em 7 de fevereiro de 2018 às 11h43.
São Paulo - Única candidata eleita do Novo na capital paulista, a advogada Janaina Lima, de 32 anos, ganhou fama por ser a porta-voz do movimento Vem Pra Rua, que mobilizou milhares pelo País contra a corrupção no Brasil.
Agora, eleita vereadora com 19 mil votos, promete combater desvios e desperdício de dinheiro público na Câmara Municipal. Seu primeiro ato, diz ela, será cortar pela metade a verba de gabinete a que terá direito, seja para pagar funcionários ou material do dia a dia.
"Vamos mostrar que é possível fazer mais com menos", afirma Janaina, que cita o estatuto de seu partido - registrado oficialmente em setembro de 2015 -, para listar suas prioridades na política.
"Defendo a redução do poder do Estado, o controle dos gastos públicos, a não utilização do fundo partidário e a disputa eleitoral independente, sem coligações", explica.
Quando assumir seu mandato, Janaina afirma ainda que vai buscar uma ferramenta tecnológica para tornar sua atuação transparente e com participação popular. "Podemos desenvolver um aplicativo, por exemplo, para aproximar as pessoas da Câmara."
Nascida no Capão Redondo, bairro humilde na zona sul, a advogada diz que o Novo representa os anseios da sociedade. Criada pelo banqueiro João Amoêdo, ligado ao grupo Itaú, a sigla é formada por "não políticos".
Na composição do partido estão engenheiros, administradores, médicos e empresários, entre outros. A estreia eleitoral foi domingo. Foram quatro eleitos: além de Janaina, outros três candidatos a vereador saíram vitoriosos no Rio, Belo Horizonte e Porto Alegre.
"Minha eleição mostra que a sociedade busca os valores diferenciados do nosso partido", conclui. Nessa lista está também uma regra nova na política, que limita vereadores e possíveis futuros deputados e senadores a disputarem somente uma reeleição.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.