Jair Bolsonaro: "O Brasil é um avião que vai bater na montanha em dez dias" (Adriano Machado/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 18 de junho de 2018 às 17h41.
O pré-candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, rejeita acabar com subsídios e privatizar a Petrobras. A seguir trechos da entrevista que o ex-capitão do Exército concedeu ao jornal O Estado de S. Paulo:
Sempre ouvi o Paulo Guedes.
Não é jogar para escanteio. Mas ele é contra subsídios.
Está no radar. Só isso e mais nada. Alguns falam em (privatização em) partes, como a distribuição. Mas eu entendo que a energia no Brasil é uma questão estratégica. Eu disse que não entendo de economia, porque sou uma pessoa humilde.
Acho que minha palavra e minha vida pregressa valem muito mais que uma carta.
De 25 anos atrás? Você muda da semana passada para cá. Você escreveu coisas que hoje não escreve mais. Estão colocando vídeos antigos. Já falei de fechar o Congresso? Já, sim, há 20 anos. Já dei canelada sim. Cheguei aqui como capitão do Exército novo. Estava aqui com o pessoal anistiado, da luta armada, que matou. Havia o debate comigo. Eu mandava eles para a ponta da praia. É a regra do jogo, não me omiti em falar sobre regime militar. Mas não defendo intervenção.
O Brasil é um avião que vai bater na montanha em dez dias. Com as medidas, pode bater em oito, mas pode passar por cima da montanha. Vamos tirar o peso da aeronave e permitir que ela suba. Não é tirar direitos, como diz a esquerdalha.
Onde vai ter contingenciamento zero é na Defesa. É o bebê mudo. A ex-presidente Dilma Rousseff desonerou vários setores que não deram retorno. Ali foi para amigo do amigo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.