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Já dizem que eu acabei com A Grande Família, diz Marina

Candidata arrancou risos da plateia de um debate sobre internet ao dizer que os boatos que a pintam como "exterminadora do futuro"

Marina Silva (PSB) na Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (Anec), em Brasília (Ueslei Marcelino)

Marina Silva (PSB) na Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (Anec), em Brasília (Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2014 às 20h59.

São Paulo - A candidata à Presidência Marina Silva (PSB) arrancou risos da plateia de um debate sobre internet ao dizer que os boatos que a pintam como "exterminadora do futuro" já levam a brincadeiras de que ela acabou com o programa "A Grande Família", da TV Globo.

"Já dizem que eu acabei com o programa que ia ao ar toda quinta-feira e que todo mundo gostava", ironizou a candidata.

A candidata reclamou da acusação de adversários de que seu programa foi feito a lápis, crítica que será usada até no programa eleitoral de TV.

"Nosso programa foi feito a muitas mãos, a muito corações, porque é nisso que acreditamos", defendeu Marina, que disse querer não fazer um governo para pessoas e para partidos, mas com pessoas e partidos.

Marina repetiu que não há argumentos contra o "marketing selvagem" e que prefere perder ganhando a ganhar perdendo. A candidata reafirmou que não pretende abrir mão de ética e valores, em crítica implícita aos adversários Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB).

Patentes

Marina não respondeu diretamente se é a favor ou contra o patenteamento de softwares e de seres vivos. Ela disse que a argumentação não pode se reduzir a "dualidade opositiva".

Ela citou que, por ela defender fontes limpas de energia, saiu nas manchetes dos jornais que ela seria contra o pré-sal.

Marina reforçou não ser contra o pré-sal e voltou ao tema em debate. Ela fez uma ligação com a madeira certificada, dizendo que várias pessoas gostariam de comprar mas que isso não precisa ser imposto.

"Precisamos ter mecanismos, ferramentas para fazer a escolha e que o Estado possa fazer essa alavancagem", defendeu a candidata.

Perguntada sobre alfabetização digital, Marina lembrou que seu "letramento digital" aconteceu em 2010, na Campus Party.

"Cheguei lá tímida. De repente estava lá engatinhando para participar do processo em rede", disse Marina, que argumentou ver hoje a alfabetização digital como processo tão importante quanto a alfabetização tradicional, pois permite que a pessoa se transforme em produtor de conhecimento e de cultura.

A candidata defendeu que haja políticas para incluir as crianças e os professores na comunidade digital.

Ao falar da sua alfabetização aos 16 anos e sua origem humilde, Marina voltou a dizer ser vítima de preconceito, como foi o ex-presidente Lula na disputa contra Fernando Collor, em 1989.

Rouca, Marina participa há mais de uma hora do debate, na capital paulista. Algumas vezes colocou a mão na garganta, evidenciando a dificuldade em falar.

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