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Itamaraty vai pedir fim dos ataques na Líbia em nome da paz

Ministério das Relações Exteriores deve soltar uma nota defendendo o diálogo e evitando o acirramento o confronto no país

Confornto na Líbia: Brasil foi um dos países que não apoiaram as medidas da ONU (John Moore/Getty Images)

Confornto na Líbia: Brasil foi um dos países que não apoiaram as medidas da ONU (John Moore/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2011 às 17h14.

Brasília – O Ministério das Relações Exteriores prepara, nesta tarde, nota à imprensa em que defende o fim dos ataques aéreos na Líbia e das hostilidades no país. No documento, o governo brasileiro deve destacar a necessidade de buscar a paz e o diálogo, evitando o acirramento do conflito.

De acordo com diplomatas, a nota deve ser divulgada até o começo da noite. O comunicado ocorre no momento em que, alegando proteção de civis, as forças de coalizão internacional completam o terceiro dia de lançamento de mísseis sobre a Líbia.

A iniciativa brasileira segue o exemplo da Turquia e da Índia, que defenderam o cessar-fogo e que o presidente líbio, Muammar Khadafi, entregue o poder como forma de acabar com o impasse e os confrontos na região. Há mais de um mês, a Líbia vive em clima de guerra com forças leais a Khadafi enfrentando oposicionistas.

A crise agravou-se na semana passada, com a decisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas de autorizar a imposição de uma zona de exclusão aérea na Líbia e outras “ações”, em caso de necessidade. Na prática, o conselho autorizou a comunidade internacional a determinar intervenção no país.

A decisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas foi aprovada por dez países. Não houve rejeições, mas o Brasil, a China, a Índia, a Rússia e a Alemanha abstiveram-se. Para o governo brasileiro, o uso da força na Líbia pode agravar ainda mais a violência na região. O ideal, de acordo com o governo, é buscar o diálogo e a negociação.

O assunto é tema de uma reunião extraordinária hoje (21), em Nova York, do Conselho de Segurança. A pedido do Líbano, os 15 representantes dos países no órgão – dez rotativos, inclusive o Brasil, e cinco permanentes – devem discutir a crise na região e a manifestação de Khadafi anunciando o cessar-fogo.

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