Brasil

Itamaraty pede que brasileiro condenado seja hospitalizado

Rodrigo Gularte está preso desde 2004 após entrar na Indonésia com 6 quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe e foi condenado à morte no ano seguinte


	Rodrigo Gularte está preso desde 2004 após entrar na Indonésia com 6 quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe e foi condenado à morte no ano seguinte
 (Dita Alangkara/AP)

Rodrigo Gularte está preso desde 2004 após entrar na Indonésia com 6 quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe e foi condenado à morte no ano seguinte (Dita Alangkara/AP)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2015 às 13h40.

Brasília - O Ministério das Relações Exteriores informou hoje (19) que um representante da Embaixada do Brasil em Jacarta entregará em mãos, nesta sexta-feira (20), uma carta ao diretor da Penitenciária Pssar Putih, onde Rodrigo Gularte está preso, solicitando a transferência do brasileiro para um hospital psiquiátrico na cidade de Yogyakarta.

Gularte, de 42 anos, está preso desde 2004 após entrar na Indonésia com 6 quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe e foi condenado à morte no ano seguinte.

Gularte foi diagnosticado com esquizofrenia e um laudo assinado por um psiquiatria da rede pública da Indonésia confirmou o diagnóstico. Segundo o jornal The Jakarta Post, a Procuradoria-Geral indonésia vai pedir uma segunda opinião médica para decidir o destino do brasileiro. A legislação local prevê que o condenado tenha que estar plenamente ciente da execução.

A Indonésia adiou a execução de sete estrangeiros, incluindo o brasileiro, e quatro indonésios prevista para este mês, alegando problemas logísticos na prisão da Ilha de Nusakambangan onde ocorrerá o fuzilamento. Todos tiveram o pedido de clemência negado pelo presidente indonésio, Joko Widodo. A nova data ainda não foi marcada.

A Austrália tem feito grande pressão para que Jacarta suspenda a execução de dois cidadãos australianos que estão no corredor da morte junto com o brasileiro. Andrew Chan, 31 anos, e Myuran Sukumaran, 33, também foram condenados por tráfico de drogas. Ontem, o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, pediu à Indonésia para lembrar da importante ajuda do país quando ocorreu o devastador tsunami de 2004.

Tony Abbott afirmou que continua fazendo “as mais fortes representações pessoais” ao presidente indonésio, advertindo que ficaria “tremendamente desiludido” se os seus pedidos de clemência forem ignorados.

No dia 17 de janeiro, o carioca Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, foi fuzilado na Indonésia por tráfico de drogas. Ele foi o primeiro brasileiro executado por crime no exterior.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaIndonésiaItamaratyMinistério das Relações ExterioresPena de mortePrisões

Mais de Brasil

Haddad: pacote de medidas de corte de gastos está pronto e será divulgado nesta semana

Dino determina que cemitérios cobrem valores anteriores à privatização

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula