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Itamaraty envia circular para rebater crítica ao impeachment

Segundo Serra, a circular foi emitida para “procurar uniformizar uma informação e para rebater acusações infundadas”


	José Serra: são dados na circular subsídios para que os diplomatas possam defender o processo de impeachment
 (Ueslei Marcelino / Reuters)

José Serra: são dados na circular subsídios para que os diplomatas possam defender o processo de impeachment (Ueslei Marcelino / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2016 às 20h14.

BRASÍLIA - O ministro das Relações Exteriores, José Serra, afirmou nesta quarta-feira que a circular enviada a servidores do Itamaraty no Brasil e no exterior pedindo que combatessem “ativamente” as críticas ao processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff teve como intenção “rebater” acusações “infundadas”.

O ministro, que participou de reunião multi-ministerial nesta quarta no Palácio do Planalto sobre o controle de fronteiras, e dava coletiva sobre a criação um comitê de coordenação de fronteiras não descartou uma coletiva para tratar da circular.

Segundo Serra, a circular foi emitida para “procurar uniformizar uma informação e para rebater acusações infundadas”.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, que também participava da coletiva de imprensa, disse que sua pasta também encaminhou circular com teor semelhante à do Itamaraty a adidos militares no exterior.

A circular de número 101296, à qual a Reuters teve acesso, tem nove páginas e foi distribuída diretamente pelo gabinete ministerial --um movimento raro dentro do Itamaraty, onde as orientações aos postos costumam vir das áreas fins ou da Secretaria-Geral.

O texto cita mais de uma dezena de “exemplos” de declarações feitas por entidades e governos que devem ser respondidas pelos diplomatas, com orientações políticas e favoráveis ao processo de impeachment.

O texto cita exemplos de problemas em declarações do secretário-geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), Ernesto Samper, do secretario-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, da Aliança Bolivariana (Alba) e dos governos da Bolívia, Equador, Venezuela, Cuba e El Salvador.

São dados também subsídios para que os diplomatas possam defender o processo de impeachment.

O texto fala, por exemplo, que o processo é político e segue rigorosamente o rito estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal. E que deputados e senadores também receberam “milhões de votos para cumprir suas funções constitucionais”.

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