Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro de Israel, Netanyahu, durante divulgação do acordo de paz de Israel-Palestina (Brendan McDermid/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 29 de janeiro de 2020 às 18h17.
O Ministério das Relações Exteriores viu com bons olhos o plano divulgado na terça-feira, 28, pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a convivência pacífica entre Israel e a Palestina. Em nota publicada nesta quarta-feira, 29, no site do Itamaraty, o governo brasileiro disse que o plano de Trump é "realista" e "ambicioso", além de "compatível com os princípios constitucionais que regem a atuação externa do Brasil".
"O governo brasileiro saúda o plano de paz e prosperidade, apresentado ontem pelo Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que configura uma visão promissora para, após mais de sete décadas de esforços infrutíferos, retomar o caminho rumo à tão desejada solução do conflito israelense-palestino", abre a nota do Itamaraty, que vê no documento uma "iniciativa valiosa" que "permite vislumbrar a esperança de uma paz sólida para israelenses e palestinos, árabes e judeus, e para toda a região".
Segundo o Itamaraty, o plano americano estabelece "condições econômicas indispensáveis para uma grande elevação do bem-estar do povo palestino".
Apesar dos líderes da Autoridade Palestina (AP) e do Hamas, que controlam territórios palestinos, terem recusado as ideias de Trump, o governo brasileiro disse que "exorta tanto israelenses quanto palestinos a considerar o plano com toda a seriedade e a iniciar negociações partindo das bases ali expostas".
Pelo Twitter, o chanceler Ernesto Araújo disse que a proposta de Trump "é uma boa base negociadora e cria esperança de solução para o conflito israelense-palestino".