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Itamar jamais conspirou contra Collor, diz Lavenère

Ele foi um dos juristas que subscreveram o pedido de impedimento de Collor em 1992 e defende atualmente a rejeição do processo contra Dilma Rousseff


	Collor: "a diferença entre esse processo e o do Collor é que o inigualável presidente Itamar Franco jamais conspirou ou articulou governo anterior", disse o ex-presidente da OAB
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Collor: "a diferença entre esse processo e o do Collor é que o inigualável presidente Itamar Franco jamais conspirou ou articulou governo anterior", disse o ex-presidente da OAB (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2016 às 16h10.

Brasília - Numa crítica indireta ao atual vice-presidente Michel Temer, o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Marcello Lavenère afirmou, nesta terça-feira, 3, que o ex-vice-presidente Itamar Franco "jamais conspirou" para derrubar o então presidente Fernando Collor.

Ele foi um dos juristas que subscreveram o pedido de impedimento de Collor em 1992 e defende atualmente a rejeição do processo contra a presidente Dilma Rousseff.

"A diferença entre esse processo e o do Collor é que o inigualável presidente Itamar Franco jamais conspirou, articulou governo, jamais procurou estabelecer governo diferentemente do que se vive hoje, que é exatamente o contrário. O que se está removendo não é uma presidente da República, é um projeto de governo e essa diferença é muito radical", disse Lavenère, em audiência na Comissão Especial de Impeachment do Senado.

Crônica da morte anunciada

Para o jurista, o pedido contra Dilma é uma "crônica da morte anunciada", uma vez que, 15 dias após a petista tomar posse em seu mandato reeleito, um partido de oposição encomendou um estudo a juristas sobre o eventual impeachment da presidente.

Em resposta aos questionamentos do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), Lavenère disse compreender "perfeitamente" a insatisfação do parlamentar diante de um governo que não preenche a expectativa dele.

Mas ele destacou que, num regime presidencialista, para o inconformismo com as políticas públicas, "não cabe o remédio do impeachment". "Portanto se não há o crime, não pode usar uma terapia adequada, porque em vez de ajudar, prejudica", disse.

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