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Itália suspende voos do Brasil por nova variante do coronavírus em Manaus

Qualquer pessoa que tenha transitado pelo Brasil nos últimos 14 dias também está proibida de entrar na Itália

Itália: "É fundamental que nossos cientistas estudem a nova cepa. Nesse ínterim, estamos tomando uma abordagem muito cautelosa" (Carol Coelho/Getty Images)

Itália: "É fundamental que nossos cientistas estudem a nova cepa. Nesse ínterim, estamos tomando uma abordagem muito cautelosa" (Carol Coelho/Getty Images)

AM

André Martins

Publicado em 16 de janeiro de 2021 às 14h18.

A Itália anunciou neste sábado a suspensão de voos do Brasil, disse o ministro da Saúde, Roberto Speranza, em resposta a uma nova cepa de coronavírus.

Qualquer pessoa que tenha transitado pelo Brasil nos últimos 14 dias também está proibida de entrar na Itália, disse ele no Facebook, enquanto quem chegar à Itália do Brasil será obrigado a fazer um teste para o vírus.

"É fundamental que nossos cientistas estudem a nova cepa. Nesse ínterim, estamos tomando uma abordagem muito cautelosa", disse ele.

O que é a nova variante do coronavírus

No fim do ano passado, o próprio Reino Unido foi palco de preocupação mundial quando foi descoberta uma nova variante do coronavírus no país, o que fez diversos lugares do mundo banirem voos britânicos. A nova cepa se mostrou mais infecciosa do que a comum, embora não necessariamente mais letal — contudo, ao aumentar o número de infectados, aumentam também as possibilidades de óbitos, o que preocupa especialistas.

Já a nova variante encontrada no Brasil, segundo um novo estudo de cientistas brasileiros, pode ter traços tanto da variante mais infecciosa descoberta no Reino Unido quanto de outra variante, da África do Sul.

Segundo Ester Sabino, infectologista e coautora do estudo, isso pode significar um aumento substancial no número de infectados e casos de SARS-CoV-2 no Brasil — terceiro país mais afetado pela doença no mundo.

“Nossa pesquisa até este momento só descreveu a nova variante. Ela possui ao mesmo tempo as mutações da linhagem do Reino Unido e da África do Sul associadas, o que sugere que ela deve  ser mais transmissível. E que ela provavelmente será a responsável por aumentar o número de casos nesta segunda onda”, afirma Sabino em entrevista à EXAME.

(Com Tamires Vitório)

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