Presidente iraniano Hassan Rouhani: a decisão foi tomada por respeito ao visitante, líder político e clérigo xiita, segundo fontes oficiais (Andrew Medichini / AFP)
Da Redação
Publicado em 26 de janeiro de 2016 às 15h49.
A Vênus Capitolina, a estátua de uma mulher nua datada do século II antes de Cristo, figura entre as obras de arte que foram cobertas na segunda-feira, em Roma, por ocasião da visita do presidente do Irã, o que gerou fortes polêmicas.
A pedido das autoridades iranianas, algumas obras célebres de mulheres nuas que decoram o Capitólio, a sede histórica da prefeitura de Roma, foram cobertas com painéis brancos.
A decisão foi tomada por respeito ao visitante, líder político e clérigo xiita, segundo fontes oficiais.
"A delegação iraniana também pediu que a coletiva de imprensa conjunta com o primeiro-ministro italiano Mateo Renzi não fosse realizada diante da enorme estátua equestre em bronze de Marco Aurélio, como havia sido programado.
Segundo o jornal Il Messaggero, assim se evitaria que os líderes políticos ficassem diante dos atributos do cavalo do imperador e filósofo romano.
"Não se pode esconder a própria cultura, a própria religião ou a própria história. Foi uma decisão equivocada", criticou o arqueólogo Giuliano Volpe, presidente do Conselho Superior para os Bens Culturais do ministério italiano da Cultura.
Na quarta, por ocasião de sua visita à França, não foram programadas refeições com as autoridades porque Paris não aceitou o pedido iraniano de retirar o vinho da mesa.