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Isolamento em SP vai de 47% para 59% entre quinta e domingo

O nível ideal de reclusão, para que o sistema de saúde dê conta de atender os pacientes que serão infectados pela covid-19, é acima de 70%

Isolamento: estado faz monitoramento com ajuda de operadoras de telefonia e empresas de tecnologia (Eduardo Frazão/Exame)

Isolamento: estado faz monitoramento com ajuda de operadoras de telefonia e empresas de tecnologia (Eduardo Frazão/Exame)

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Clara Cerioni

Publicado em 13 de abril de 2020 às 12h52.

Última atualização em 13 de abril de 2020 às 13h31.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta segunda-feira, 13, que o isolamento social por conta do novo coronavírus no estado de São Paulo cresceu de 47% para 59% entre a última quinta-feira, 9, e este domingo, 12.

Os dados são do Sistema de Monitoramento Inteligente (SIMI-SP), que começou a fazer o monitoramento na última semana. O nível ideal de reclusão, para que o sistema de saúde dê conta de atender os pacientes que serão infectados pela covid-19, é acima de 70%.

"Quanto melhor e maior for o isolamento, mais rapidamente sairemos dessa crise e voltaremos ao normal", afirmou Doria em entrevista coletiva. Ele afirmou que está "confiante" sobre continuidade do percentual de isolamento na base dos 60%.

O governador cumprimentou, ainda, o prefeito e a população de algumas cidades com isolamento acima de 60% como Osasco, São José dos Campos, São Bernardo do Campo, Guarulhos e Mogi das Cruzes.

A central de inteligência foi viabilizada por meio de um acordo com as operadoras de telefonia Vivo, Claro, Oi e TIM, que autorizaram os Estados a consultar informações agregadas sobre deslocamento nos 645 municípios paulistas.

O sistema indica tendências de deslocamento e demonstra o nível de eficácia das medidas de isolamento social. Com isso, é possível apontar em quais regiões a adesão à quarentena é maior e em quais as campanhas de conscientização precisam ser intensificadas, segundo o informou o governo.

O estado é o que concentra o maior número de casos no país. Já foram registrados 8.755 casos e 588 mortes em São Paulo. No Brasil, o número total de contaminados chegou a 22.169 no domingo. As mortes somam 1.223.

Para reforçar a adesão da população, 200 agentes da vigilância sanitária do estado junto da Polícia Militar passarão a fazer uma orientação educativa sobre a doença e a importância da quarentena em estabelecimentos comerciais não essenciais que continuam abertos.

Questionado, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), negou que haja planejamento para fechar outras praças, como aconteceu com a pôr-do-sol, em Pinheiros, por conta de aglomeração. “Tapumar uma praça teve um efeito pedagógico importante”, disse Covas sobre o fechamento da praça do pôr-do-sol, que havia sido ponto de aglomeração. O custo de fechar a praça, segundo Covas, foi de 800 mil reais.

O governo também apresentou uma nova campanha, a ser veiculada a partir de hoje em televisão, rádio e internet, com a mensagem de que “ficar em casa é uma prova de amor”.

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Contratação

O governo também anunciou algumas medidas de fortalecimento de recursos humanos para combate à pandemia, incluindo a contratação de 1.185 funcionários temporários para hospitais de administração direta. Também serão convocados 210 enfermeiros e 50 fisioterapeutas remanescentes de concursos anteriores.

Também estará aberta a inscrição, entre os dias 15 e 22 de abril, para contratação por um ano de 925 profissionais. São 20 agentes técnicos de saúde, 245 médicos, 30 oficiais de saúde e 630 técnicos de enfermagem.

A partir desta terça-feira, 14, o Centro de Contingência contra o Coronavírus passará a fazer uma entrevista coletiva diária, às 15h, para passar dados com mais detalhes, como por exemplo sobre ocupação de leitos.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusJoão Doria Júnior

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