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Isolado, Maluf promete retomar campanha hoje

O deputado teve a candidatura barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa


	Paulo Maluf: o deputado do PP vai fazer hoje uma carreata, a partir das 10h
 (Cristiano Mariz/Veja)

Paulo Maluf: o deputado do PP vai fazer hoje uma carreata, a partir das 10h (Cristiano Mariz/Veja)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2014 às 11h10.

São Paulo - Com a candidatura barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa, o deputado Paulo Maluf (PP-SP) se refugiou em casa e está há dois dias sem fazer campanha. Discreto e sem comentar muito sobre o caso, ele prometeu voltar à ativa a partir de hoje, pedindo votos no centro de São Paulo.

O deputado do PP vai fazer hoje uma carreata, a partir das 10 horas, na região do Brás. O evento, marcado inicialmente para ontem, foi transferido pela direção do partido por causa da chuva.

"Tenho mais de 80 anos, não posso sair na rua nem com uma garoinha fraca. Mas amanhã (hoje) estou de volta para minha campanha e pronto pra mais uma batalha", disse Maluf, que busca a reeleição na Câmara dos Deputados.

"Em todas as carreatas que fiz em São Paulo eu vejo a gratidão por tudo o que está acontecendo no Brasil, o pessoal reconhece hoje que quem trabalhou muito por São Paulo foi Paulo Maluf", afirmou.

O seu último evento político foi no fim de semana passado, quando visitou Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. No seu tradicional jipe de campanha, Maluf percorreu as ruas da cidade e visitou algumas fábricas da região.

Na terça-feira passada, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral, por maioria, negaram recurso do deputado do PP e barraram o registro de sua candidatura nas eleições deste ano.

Durante o julgamento e depois de mais de uma hora e meia de debate, a maioria dos ministros considerou que o deputado é inelegível devido à sua condenação por crime de improbidade administrativa.

Em 2013, Maluf foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo sob acusação de superfaturamento durante a construção do Complexo Viário Ayrton Senna durante sua gestão na Prefeitura de São Paulo (1993-1996). Na decisão, o Tribunal de Justiça paulista avaliou que o deputado teve "culpa grave" no caso, mas sem dolo - quando não há a intenção de cometer o delito.

Recurso. O secretário-geral do PP de São Paulo, Jesse Ribeiro, disse que os advogados do partido devem entregar o recurso sobre a decisão do TSE ainda hoje. No documento, a defesa deve pedir esclarecimentos sobre pontos que não ficaram claros na decisão do tribunal.

"Trabalhamos durante todo o dia nesses documentos e estamos confiantes que haverá justiça nesse caso, com a absolvição do Maluf", afirmou o secretário-geral da legenda.

Maluf lembrou que o vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Gilmar Mendes, já demonstrou uma posição favorável à absolvição do seu caso.

"O próprio Gilmar Mendes expôs seu posicionamento contrário ao indeferimento da minha candidatura. Acredito que o Supremo Tribunal Federal vai intervir a favor do meu recurso", afirmou o ex-prefeito de São Paulo. Questionado sobre a possibilidade de ser condenado mais uma vez. Maluf foi enfático: "Não considero essa hipótese".

Como ainda cabe recurso da decisão do tribunal eleitoral, a candidatura do deputado permanece sub judice, o que autoriza Paulo Maluf a continuar fazendo campanha e mantém suas inserções no horário eleitoral gratuito de rádio e televisão.

Considerado um puxador de votos do partido, Maluf está confiante na eleição deste ano e disse que quer repetir ou até melhorar a sua performance das eleições de 2010, quando obteve 497 mil votos.

"Quero chegar pelo menos aos 500 mil votos. Ficar entre os primeiros para deputado federal." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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